20/06/2013 às 16:21

Polícia Civil prende quadrilha que forjava roubo de veículos para receber seguro

Um Camaro, uma BMW e duas motos também foram apreendidos na operação, que ocorreu em Taguatinga e na Colônia Agrícola de Samambaia

Por Ailane Silva, da Agência Brasília


. Foto: Hmenon Oliveira – 20/06/2013

BRASÍLIA (20/6/2013) – A Polícia Civil prendeu, na manhã de hoje (20), seis criminosos que simulavam assaltos e roubos de veículos no DF para receber o dinheiro da seguradora e ainda lucrar com a venda das peças após processo de desmanche.

 

FOTO HMENON OLIVEIRA 1

“Esse crime alimenta o comércio clandestino de peças, fomenta a lavagem de dinheiro e golpes contra as seguradoras, além de prejudicar a atuação da polícia com o falso comunicado de crime”, destacou o delegado-chefe Henry Peres, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco).

 

Segundo Peres, os integrantes da quadrilha adquiriam veículos salvados (carros ou motos batidos ou roubados que foram recuperados e tiveram a propriedade transferida para seguradoras) em leilões em Contagem (MG) e na capital paulista.

 

Após a compra, os suspeitos retiravam a condição de salvado do histórico para aumentar o valor do seguro, consertavam possíveis danos e transferiam o veículo para Brasília, onde procuravam a seguradora.

 

Aqui, nas primeiras semanas após o fechamento do contrato com a empresa, eles simulavam o assalto e registravam Boletim de Ocorrência para solicitar o dinheiro do seguro.

 

“Eles compraram um Camaro, por exemplo, por R$ 89 mil, gastaram mais R$10 mil para concertá-lo, e o valor do seguro era de R$175 mil. Ou seja, o lucro seria de R$76 mil. Além disso, as peças do carro já estavam sendo anunciadas para venda no mercado livre”, complementou o delegado-adjunto, Luís Fernando Cocito de Araújo, que também participou da investigação.

 

No caso de uma das motos apreendidas – junto ao Camaro e à BMW -, o valor do lucro seria de, pelo menos, R$31 mil, pois o preço de aquisição foi de R$24 mil, e o valor do seguro, R$ 55 mil.

 

“Eles atuavam há, pelo menos, um ano e responderão por estelionato, falsa comunicação de crime, formação de quadrilha e, com o aprofundamento da investigação, iniciada há três meses, podem responder também por lavagem de dinheiro”, afirmou o delegafo-chefe.

 

A operação foi batizada de Salvados e a prisão e apreensão dos bens ocorreram em Taguatinga e na Colônia Agrícola de Samambaia.

 

PRESOS – Foram detidos o dono de uma gráfica em Taguatinga, Clóvis da Silva Santiago, com seu filho, Anderson de Carvalho Santiago, conhecido como “Nem”, que tinha antecedentes de crime de estelionato e posse de veículo roubado.

 

Pedro Henrique Alexandre Sales e André Luiz de Campos Morais, com o filho Gabriel Ribeiro da Silva e o irmão Eduardo Campos Marques, que tinha na ficha processo de estelionato e adulteração de sinalização de identificação de veículo, também foram presos.

 

(A.S./M.D.)