30/06/2013 às 19:08

Renato Russo volta aos palcos da capital após 25 anos

Show surpreende público com participação especial de ex-baixista da Legião Urbana e aparição de homenageado em holograma

Por Kelly Ikuma, da Agência Brasília


. Fotos:Mary Leal-29/06/2013

BRASÍLIA (30/6/13) – Antes mesmo de o show Renato Russo Sinfônico começar, a emoção de reencontrar com o ídolo do Rock nacional dos anos 80 – mesmo que por holograma – tomou conta do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, ocupado por fãs cinquentões e jovens amantes do estilo musical.

 

O público que viveu a época áurea da Legião Urbana ficou ainda mais ansioso pela aparição do homenageado, que no show realizado em 1988, prometeu não tocar mais na capital após confusão, que obrigou a banda a deixar o palco com 50 minutos de evento.

 

O espetáculo começou com a música Mais do Mesmo, na voz da cantora Sandra de Sá, seguida por Ainda é Cedo, com o vocalista da Móveis Coloniais de Acaju, André Gonzales, Eu Sei, com Zélia Duncan e Soldados, na voz de Jorge Du Peixe.

 

Mãe e filha, Zizi e Luiza Possi, cantaram a música Pais e Filhos com a participação expressiva do público, iniciativa que se repetiu com a cantora baiana Ivete Sangalo, com a canção Monte Castelo e com a vencedora do programa The Voice Brazil, Elen Oléria.

 

Duas interpretações levantaram a plateia: a do cantor Lobão, com a música Perfeição, e a do cantor Jerry Adriani com a canção Tempo Perdido que – apesar da pouca expectativa dos presentes quanto ao ídolo da década de 60 – levou o público ao delírio com a famosa coreografia de Renato Russo.

 

O apelo do protagonista do filme Faroeste Caboclo, Fabrício Boliveira, que interpreta João de Santo Cristo, aos governantes pedindo um minuto de silêncio para os que morreram durante os protestos também foi um dos momentos altos do evento.

 

O tão esperado holograma de Renato Russo emocionou a todos com a música Há Tempos e arrancou suspiros ainda mais fortes daqueles que estavam em frente ao palco, onde a visualização era mais nítida.

 

A participação surpresa do ex-baixista da banda, Renato Rocha – ex-morador das ruas do Rio de Janeiro após perder tudo o que conquistou com a música – teve a aprovação unânime de todos os presentes que ouviram Será interpretado pelos 14 convidados.

 

E como não podia deixar de ser, o show foi finalizado – diga-se de passagem, com chave de ouro – com a canção que marca o momento político da época Que País é Esse, na voz de Renato Rocha, a pedido da plateia em alvoroço.