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17/07/2013 às 02:21
Alojamento e atividades recreativas e culturais estão entre os segmentos com maiores possibilidades para gerar emprego e aumentar produção
BRASÍLIA (16/7/13) – Os maiores potenciais para gerar produção e emprego a partir do turismo no DF estão respectivamente com os setores de alojamento e atividades recreativas e culturais, segundo relatório do Observatório do Turismo do Distrito Federal, produzido pelo Centro de Excelência em Turismo da UnB, divulgado hoje.
“São atividades que demandam muito sobre os demais ramos da cadeia produtiva para se desenvolverem e, assim, fazem a renda circular pela cidade”, disse o secretário de Turismo do DF, Luis Otávio Neves.
Neves explicou que não se amplia um hotel, por exemplo, sem a compra de mais móveis e materiais de primeira necessidade, o que colabora para a contratação de mão de obra e compra de matéria prima.
O documento é um levantamento sobre os impactos econômicos do Turismo na cidade por meio da matriz de insumo-produto, onde a contribuição das atividades relacionadas ao turismo para o PIB do DF é responsável por cerca de 2,46%. No Brasil como um todo, a contribuição das atividades turísticas para o PIB é de 3,28%.
Segundo o estudo, as áreas de alojamento e atividades recreativas e culturais são as únicas que aparecem sempre entre os cinco primeiros lugares, em todos os critérios medidos de contribuição para a economia do DF – geração de produção, de empregos, renda, geração de rendas do trabalho assalariado e de autônomos – o que indica que precisam estar entre os setores que precisam ser estimulados.
Para cada unidade de recursos gastos com produção de alojamentos a produção total do DF aumenta em 1,54, movimentando muito a economia da região.
Quanto ao emprego, é o setor de atividades recreativas e culturais que apresenta o maior potencial. Para cada aumento de produção dessas atividades de R$1 milhão, 65 empregos são gerados no DF.
Neste contexto, também foram estudadas as demais atividades características do turismo e entre elas se destacam também, em um ou mais desses critérios de contribuição econômica, as de Alimentação; Aluguel de automóveis e outros meios de transporte; Agências e organizadores de viagens; Outros transportes rodoviários não regulares de passageiros; Transporte rodoviário regular intermunicipal de passageiros; e Serviços de taxi.
“Esse estudo auxilia tanto a administração pública quanto a iniciativa privada a direcionar investimentos e identificar as possibilidades de crescimento dentro do Turismo”, explicou a subsecretária de Políticas de Turismo da Setur-DF, Ariádne Bittencourt.
Para chegar a este resultado, foram pesquisadas 13 principais atividades características do setor e o impacto que cada uma tem sobre as demais áreas da cadeia produtiva.
O estudo completo calcula os efeitos de encadeamento do aumento da produção de cada setor sobre a economia para trás – quando um setor cresce e fornece demanda para outros setores – e para frente – ao fornecer aquilo que os demais setores precisam para aumentar sua produção.
De acordo com a coordenadora da pesquisa Maria de Lourdes Mollo se, por exemplo, os empresários observam o crescimento mais acentuado de algumas atividades, podem consultar, no estudo, os efeitos anteriores, buscando informações sobre onde investir para atender com oferta de insumos a essa maior produção.
A coordenadora explica ainda que, a partir dos resultados da pesquisa, o setor público pode planejar a utilização de recursos de forma mais eficiente, destinando-os aos setores que proporcionem benefícios mais amplos para a sociedade como um todo.
Nesse sentido, o relatório também aponta que 54% do valor das mercadorias utilizadas nessas atividades são compradas na cidade, o que amplia ainda mais os benefícios para o comércio, a indústria e a empregabilidade local.
(T.V)