29/07/2013 às 20:16

DF tem o sétimo melhor touro para produção de leite do Brasil

Propriedade em Planaltina atendida pela Emater-DF se destaca pela genética qualificada

Por Com informações da Emater-DF


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (29/7/13) – O sétimo melhor touro para produção de leite no Brasil e o melhor do Centro-Oeste – cujas bezerras produzem até 12 litros de leite por dia, enquanto a média de outras vacas é 7 litros – é de um criador do Distrito Federal.

A fazenda Hermínia, localizada no núcleo rural Tabatinga, em Planaltina, atua desde 1983 na criação de gado leiteiro e os proprietários, Paulo Horta e Lindalva Horta, têm pouco mais de 110 animais, entre touros, vacas e novilhas das raças gir e girolando.

A propriedade é atendida pela Emater-DF e a ideia de investir em produção de genética nasceu após avaliações rigorosas feitas pela Embrapa, como o teste de progênie.

“Já que nossa propriedade é pequena, temos que ser grandes na tecnologia”, disse o produtor, que acrescentou a importância da assistência técnica da Emater-DF.

“Na hora do aperto, sempre tem alguém do escritório [da Emater – Tabatinga] para me atender”, contou.

Paulo Horta também participa do programa “Brasília Leite Sustentável”, que tem como objetivo implantar técnicas de produção leiteira adaptadas a pequenas propriedades, conjugando tecnologia e gestão da propriedade e, atualmente, os produtos da fazenda são entregues à Cooperativa Agropecuária de São Sebastião (Copas).

A médica veterinária da Emater em Tabatinga, Adriana Ribeiro, lembra que o leite que sai da fazenda Hermínia é “verde”.

“Como o gado é alimentado a pasto, o produto é mais saudável. Assim, ele consegue produzir mais a um custo menor”, argumentou a veterinária.

AVALIAÇÕES – Atualmente, o teste da progênie é feito pela Embrapa e pela Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro e é uma rigorosa avaliação científica no Brasil, que classifica os animais de acordo com o potencial de gerar vacas com maior produção de leite que a média dos rebanhos.

As vacas são inseminadas artificialmente com o sêmem do touro e as filhas que nascem são avaliadas nas suas diversas lactações — por isso, o teste pode levar até oito anos.

O programa já testou 451 touros e mais de 18 mil novilhas, e Paulo Horta explica que a terceira lactação é a que melhor indica o potencial de produção leiteira.

Criatividade — Na década de 80, quando ainda não havia celular nem internet, Paulo Horta se destacou por um método bastante original de se comunicar com a fazenda e viabilizar a inseminação artificial.

Como morava no Plano Piloto, a pouco mais de 50km da propriedade, e precisava saber diariamente quais as vacas deveriam ser inseminadas, conseguiu oito casais de pombo-correio, que faziam a comunicação com os empregados da Hermínia.

“Assim, eu podia controlar a atividade sem ter que me deslocar diariamente”, contou o produtor.

(I.F/T.V)