05/08/2013 às 20:20

Quadrilha que fraudava caixas eletrônicos é presa no DF

Polícia prossegue com investigações e espera, nas próximas semanas, prender mais 10 pessoas

Por Fábio Magalhães, da Agência Brasília


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (5/8/13) – A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha interestadual que fraudava caixas eletrônicos no DF, com a prisão de quatro pessoas acusadas de acessar indevidamente dados de clientes. O grupo deu um prejuízo de R$ 7 milhões, desde 2012, e parte do dinheiro, segundo investigações, era usado para financiar o crime organizado de São Paulo.

“Essa quadrilha era organizada, bem estruturada e conseguia realizar fraudes com numerários consideráveis que ajudavam, inclusive, a sustentar presos. Esperamos, nas próximas semanas, prender de sete a 10 pessoas”, anunciou, hoje, o delegado-chefe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos, Fernando César Costa.

A estratégia de atuação dos acusados era utilizada somente nos caixas eletrônicos localizados fora das agências bancárias, uma vez que, por não estarem sob a cobertura de câmeras de monitoramento, os equipamentos eram mais vulneráveis ao ataque do grupo.

A quadrilha era ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) -organização criminosa paulistana- e se aproveitava da localização de alguns caixas eletrônicos para instalar neles dispositivos que colhia dados digitados pelos clientes e, pela conexão de um modem 3G, transmitia as informações.

“Os integrantes da quadrilha se travestiam de técnicos e arrombavam os terminais de autoatendimento. Nesses aparelhos eles instalavam teclado, monitor, leitores de cartão, e com a internet móvel recebiam os dados dos clientes”, explicou Costa.

Por causa dessa estratégia de golpe, a ação policial foi batizada Operação 3G, que identificou também a atuação do bando, além do DF, em São Paulo e no Ceará.

Os acusados responderão por formação de quadrilha, tentativa de furto qualificado mediante fraude e arrombamentos.

Eles respondem por seis inquéritos policiais e, de acordo com o delegado, existe a possibilidade de que sejam indiciados em outros 20 inquéritos.

(F.M/T.V)