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19/08/2013 às 11:07
Unidade de saúde possui, entre outras novidades, três salas no centro cirúrgico e 120 médicos recém-contratados
BRASÍLIA (19/8/13) – Único hospital da rede pública de saúde local a fazer cirurgias de coluna, o Hospital Regional do Paranoá (HRPa) tornou-se referência no tratamento ortopédico no DF e, com a abertura de três novas salas de cirurgia, ampliou o atendimento à população, que avalia como positivo os investimentos feitos na unidade.
“Esse hospital é excelente. Os enfermeiros e médicos são atenciosos, bem educados, e não se compara a outros lugares. Fico emocionada só de lembrar como fui bem atendida aqui neste hospital, e só tenho a agradecer”, destacou Aparecida Campos, 54 anos, mãe de uma paciente.
A filha de Aparecida, Cristiane Campos, 37 anos, está nternada na enfermaria da ortopedia porque sofreu um acidente de motocicleta na cidade de Arinos-MG, e pela falta de estrutura no local, foi transferida para o HRPa, onde foi prontamente operada e teve a implantação de seis pinos na perna direita.
Em recuperação e na preparação para fazer outras duas cirurgias corretivas, a paciente ressaltou a importância de ter sido atendida na rede de saúde do GDF.
“Tive fratura exposta e fui transferida para cá sem ao menos ter sido imobilizada. Ao chegar aqui já fui atendida. Se não fosse esse hospital e o tratamento que tive aqui, provavelmente agora estaria sem a minha perna”, avaliou Cristiane.
O atendimento, considerado satisfatório pela paciente, se deve ao resgate da saúde pública que ocorreu nos últimos dois anos e, de forma mais acentuada, nos últimos meses, segundo o coordenador da Regional de Saúde do Paranoá, Rommel Costa.
“Tenho 14 anos na Secretaria de Saúde e durante muitos anos o que vimos na rede foi uma completa paralisia. Hoje temos alguns problemas, mas por outro lado temos o investimento e muito trabalho a cumprir, o que representa uma luz no final do túnel. A Saúde está melhorando como nunca antes”, testemunhou.
DESENVOLVIMENTO – O aumento do número de salas de cirurgia, que passou de uma para quatro no último ano, fez com que a unidade de saúde contasse com estrutura compatível à demanda da rede e pudesse, ainda, tornar-se referência nas cirurgias emergenciais de coluna.
Estimativas da Regional de Saúde calculam que são realizadas, mensalmente, 20 operações dessa especialidade, procedimento que, na rede particular, tem o preço superior a R$ 100 mil.
Em um ano, o HRPa realizou mais de 300 cirurgias desse tipo e conta com uma equipe de cinco ortopedistas – com especialização em coluna – e três neurologistas, profissionais que se dizem motivados em trabalhar na rede.
“Esse serviço foi criado para controlar traumas e percebemos que tem sido bem eficaz. A saúde, de modo geral, teve uma grande evolução tanto de estrutura, quanto salarial, e isso é bom tanto para os pacientes quanto para os profissionais”, lembrou o coordenador de Cirurgias de Coluna, Angelo Ganeo.
MELHORIAS – Além dos procedimentos mais complexos, o atendimento no pronto-socorro foi otimizado. A emergência e o ambulatório receberam reforço de 120 médicos, todos recém-contratados pela Secretaria de Saúde.
O HRPa também abriu 15 novos leitos de retaguarda, unidades que são utilizadas em caso de superlotação de outros hospitais da rede pública.
Com o filho Isaias Carvalho, de três anos, internado, o cozinheiro Valdicleison Fernandes, 29 anos, comprovou a melhoria do atendimento e da estrutura física do hospital. Para ele, “é nota 10”.
“Meu filho tem uma bactéria que afetou o rim e desde o pronto-socorro até a internação ele tem sido bem atendido. As médicas e enfermeiras vêm na hora certa, dão remédio, comida e aferem a pressão, tudo da melhor forma. Esse hospital é muito bom”, comentou.
A mesma opinião tem a dona de casa Laurenci Gonçalves, 50 anos, internada há mais de duas semanas na enfermaria da Clínica Médica com problemas cardíacos. Ela aproveita o tempo de recuperação para fazer crochê em uma área destinada a atividades lúdicas.
“É ruim ficar sem fazer nada e por isso trouxeram a minha linha e agulha para eu me distrair. Aqui nesse hospital tive um atendimento de qualidade e não tenho do que reclamar”, afirmou.
A satisfação dos pacientes, segundo o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, deve aumentar, pois os investimentos para a recuperação da saúde, nesta gestão, são constantes.
“No que tange aos procedimentos cirúrgicos essa gestão está realizando o maior mutirão da história do DF. Foram 6 mil de setembro até agora e o próximo passo é desafogar as filas de consultas que eram um gargalo do passado”, anunciou.
Para o titular da pasta, as mudanças positivas sentidas pela população na rede pública se devem às politicas públicas da gestão Agnelo Queiroz, que colocou a saúde como uma das prioridades de governo.
“Com a reestruturação da rede pública de saúde como um todo foi possível investir em procedimentos de alta complexidade. Um exemplo foram as cirurgias de coluna, área em que hoje temos os melhores especialistas do país”, destacou Barbosa.
Com o corpo técnico qualificado e disponibilidade de salas, a espera pela realização de cirurgia de coluna chega a 72 horas, tempo padrão para o melhor tratamento e recuperação dos pacientes.
Por mês, o novo centro cirúrgico realiza 220 operações de diversas especialidades.
(M.M.)