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19/08/2013 às 15:16
Três autuados têm passagem pela polícia e agora aguardam decisão do poder Judiciário sobre prisão
BRASÍLIA (19/8/13) – Os três autuados responsáveis pela agressão a um torcedor do Flamengo, que ocorreu ontem (19), minutos antes da partida entre o time carioca e o São Paulo, seguem presos na 5ª Delegacia de Polícia, por lesão corporal grave, e aguardam decisão do poder Judiciário sobre a manutenção da prisão.
“Cabe ao poder Judiciário verificar se a prisão foi legal. Se for legal, ele não vai relaxar e vai se manifestar sobre a manutenção ou não da prisão. Se ele entender que estão presentes os requisitos para a prisão preventiva, vão permanecer presos. Caso contrário, o poder Judiciário pode arbitrar fiança”, explicou o delegado-chefe da 5ª DP, Marco Antônio da Almeida.
O chefe da torcida organizada independente do São Paulo, Genildo da Silva, 34, Ricardo Maia, 37, e Moisés Oliveira Paulino, 48, foram presos em flagrante após comandarem a agressão a um torcedor do Flamengo, que foi internado no Hospital de Base de Brasília com traumatismo cranioencefálico e fratura na mandíbula.
Segundo o delegado, os três autuados seguem à tarde para a carceragem do Departamento de Polícia Federal e depois para o Complexo Penitenciário da Papuda, onde aguardarão decisão do Judiciário. A pena para o auto, caso condenados, é de um a cinco anos.
A polícia apurou que o conflito começou após torcedores do Flamengo atirarem pedras no ônibus que transportava torcedores do São Paulo ao estádio Mané Garrincha. Nesse momento, alguns são paulinos desceram e iniciaram uma briga, que foi prontamente debelada pelos policiais.
Em um momento posterior, antes do início do jogo, em frente ao portão 20, entre 40 e 60 torcedores do São Paulo, comandados por Genildo e auxiliados por Ricardo e Moisés, agrediram torcedores do Flamengo que aguardavam em fila para entrar no estádio. Não há confirmação de que tenha sido uma briga entre torcidas organizadas.
O delegado informou que a polícia não prendeu imediatamente os agressores porque ainda não havia se certificado que a agressão fora de natureza grave. “A lesão corporal de natureza leve é de ação penal pública condicionada à representação da vítima. O Estado não pode obrigar a vítima a representar contra autor do fato”, disse.
Quando a vítima já estava no Hospital de Base, foi detectada a natureza grave da agressão. Nesse caso, o Estado pode agir sem que a vítima se manifeste. O delegado informou que, nesse momento – início do segundo tempo –, o comandante da polícia responsável por escoltar o ônibus que transportava os torcedores do São Paulo até o estádio os reuniu e os conduziu à delegacia, onde os comandantes da agressão foram identificados.
Os três autuados têm passagem pela polícia. Genildo da Silva já cumpriu pena de 9 anos e 6 meses por roubo, Moisés Oliveira Paulino tem registro por tráfico de drogas, roubo e homicídio, e Ricardo Maia foi processado por roubo, mas absolvido.
(B.F./M.D.)