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17/09/2013 às 19:47
Foram atendidos mais de 3,8 mil pacientes para fertilização in vitro e inseminação intrauterina
BRASÍLIA (17/9/13) – Será comemorado amanhã (18) os 15 anos do programa de Reprodução Assistida do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), que ofereceu o tratamento gratuito para mais de 3,8 mil casais no período.
“Nesses 15 anos, foram chamados mais de 3,2 mil casais para fertilizações in vitro e 600 para inseminações intrauterinas. Lutamos diariamente para conseguir que a população possa realizar o sonho de se perpetuar por meio de seus filhos”, explicou a diretora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida, Rosaly Rulli Costa.
O evento, realizado no auditório do HMIB, contará com a presença de mais de 78 casais beneficiados pelo programa.
CICLOS – Mensalmente a unidade realiza de 15 a 20 ciclos de fertilização e inseminação que, em sua maioria, os casais não teriam condições de financiar o tratamento em clínicas privadas.
Para concretizar o desejo de ter o filho nos braços, os pacientes passaram por uma fila de até cinco anos e diversas etapas, entre elas, consultas médicas, palestras educativas, entrevistas individuais, além de atendimento psicológico.
Segundo Rosaly Costa, estatísticas apontam que 15% da população é infértil. Obstruções nas trompas estão entre as principais causas entre as mulheres, e a produção inadequada de espermatozoides é a principal causa de infertilidade entre os homens.
“Temos um cuidado enorme com os casais e, mesmo aqueles que não conseguem o resultado esperado, saem do hospital com a certeza de que foi feito tudo o que era possível”, explicou a diretora, ao lembrar que o diferencial do programa é justamente o atendimento humanizado.
EXCELÊNCIA – A taxa de sucesso do serviço referente aos bebês que nasceram saudáveis é de mais de 30%, considerada excelente para os padrões e limitações da saúde pública brasileira. O resultado se equipara à taxa do serviço público europeu, que fica em torno de 35% a 45%.
Ainda de acordo com Rosaly Costa, os bons resultados nesses 15 anos se devem, principalmente, à aquisição de equipamentos de última geração, como ultrassonografia tridimensional, ao fornecimento adequado dos medicamentos para realizar as técnicas, além do apoio do Ministério da Saúde, que destinou, em maio, R$1 milhão para ampliação do programa.
(L.C/J.S)