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21/09/2013 às 16:30
Área de lazer e preservação guarda, no nome, memória da família de pioneiros da capital que ocupava região antes da construção da cidade
SAMAMBAIA (21/9/13)- Os moradores de Samambaia, que agora podem desfrutar da nova área vivencial do Parque Três Meninas, talvez desconheçam, mas a área de lazer e preservação carrega no nome a história da família de pioneiros que morava no local antes da região administrativa nascer, em 1989.
“Na Granja Três Meninas (antigo nome) a brincadeira era livre, tudo era motivo para se divertir”, contou Zilta Marinho, filha do pioneiro Inezil Penna Marinho, que veio com a família ajudar na transferência do ministério da Educação e Cultura para a nova Capital.
Em homenagem às suas filhas- Zilta, Marine e Martita-, o homem deu esse nome à área de 72 hectares do então Núcleo Rural de Taguatinga, que ele arrendou na década de 60 para se instalar com as meninas e a esposa Marta Lops, argentina apaixonada pelo Brasil.
A filha mais velha explicou que o local era chamado de granja porque lá se criava frangos, galinhas, patos e perus que eram fornecidos para o Hotel Nacional de Brasília.
Inezil se destacou por ser uma das principais referências da Educação Física no Brasil, mas também se formou em Direito e Filosofia, além de falar francês, espanhol, latim e grego.
“Meu pai era de uma geração que viveu duas guerras mundiais e dois períodos de ditadura, o que o fez estar sempre atento ao que se passava no país e no mundo”, contou orgulhosa a filha do pioneiro.
Sempre muito influente, costumava recepcionar visitantes ilustres, chefes de estado e artistas no casarão que existia em sua fazenda. “Quando reformaram a casa, aproveitaram o material para construir as três casinhas”, lembrou Zilta.
CASINHAS DE BONECAS- A principal marca do local- três casas em miniatura nos fundos do casarão, ao lado da antiga piscina- foram pensadas para servir como casinhas de boneca das meninas, lembrança que marcou a memória da aposentada e suas irmãs mais novas.
“A ‘Vila das Bonecas’ (foi criada) para que as brincadeiras tivessem um quê de real. Para nós três, aquela sempre foi uma terra especial, encantada”, lembrou com saudades a aposentada, que mora em Brasília assim como outra irmã, enquanto a terceira vive em Minas Gerais.
“A arrumação das casinhas era sempre criativa e alguns ‘móveis’ eram improvisados com papelão, pedaços de madeira, pregos, martelo e outras ferramentas (…) comidinhas feitas em fogãozinho, cozidas com a chama da vela, eram sempre uma aventura”, acrescentou.
Em 1987, ano em que Inezil faleceu, o terreno retornou ao Governo do Distrito Federal (GDF), que transformou o casarão da família Penna Marinho em sede da Administração Regional de Samambaia dois anos depois, quando a região administrativa foi oficialmente criada.
Segundo os moradores mais antigos, foi no prédio de estilo colonial, com cerâmicas portuguesas, que as às famílias recém-chegadas para povoar a cidade tinham que buscar seus títulos de assentamento.
Entre esses pioneiros de Samambaia estava o atual administrador regional da Região Administrativa, Risomar Carvalho. “Cheguei aqui em 89, junto com a lama, o barro e a vontade de crescer com a cidade, vindo com meu pai, minha mãe e meus irmãos”, contou.
“O governo se instalou aqui enquanto era feita a abertura das ruas. Toda a equipe técnica que ajudou a construir Samambaia ficou nessa chácara aqui, onde ficava também a base de apoio para distribuição dos endereços”, lembrou.
RESTAURAÇÃO- Tanto o casarão da família Penna Marinho quanto as três casinhas serão totalmente reformadas e preservadas como monumento, e o projeto de restauração dessa parte histórica do parque está em fase de projeto, com previsão de integrá-la à área vivencial já inaugurada.
A previsão, segundo Risomar, é entregar essa segunda parte em 2014: “vamos retomar as características originais, por isso não é uma obra rápida de ser feita, tem que ser feita com cuidado e paciência para que não se descaracterize”, argumentou.
Pelo projeto da administração, a comunidade de Samambaia também será ouvida para ajudar a definir qual será a utilização de toda a área do parque histórico, que ainda deverá ser tombado como patrimônio da cidade.
(H.O./M.D.)