22/10/2013 às 15:46

Saúde comemora milésima laqueadura sem cirurgia

Procedimento é realizado em 15 minutos e não exige internação

Por Da Secretaria de Saúde


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (22/10/13) – A Secretaria de Saúde do Distrito Federal promoveu, na manhã desta terça-feira (22), uma festa na tenda do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) para comemorar a milésima paciente esterilizada por método que não exige procedimento cirúrgico.
 

Mais de 100 pacientes que passaram pelo procedimento usado para impedir uma nova gravidez foram convidadas a participar do evento, que contou com a presença do secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa.
 

“Estamos comemorando uma nova conquista, pois muitas dessas mulheres sofriam de problemas graves e até corriam risco de morte. Resolvemos casos complexos de pacientes que pelo método convencional da laqueadura seriam submetidas a uma cirurgia invasiva, com recuperação que exigia internação e maiores cuidados”, explicou o secretário.
 

O novo procedimento, que começou a ser realizado em 15 de setembro de 2012, é feito por meio de um microdispositivo intratubário que promove a obstrução permanente das trompas, impedindo a gravidez. O método, que dura de 10 a 15 minutos, é geralmente indolor e irreversível.
 

A ação faz parte do projeto “Saúde Para Todos”, da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde, e visa a atender pacientes que participam do “Programa de Planejamento Familiar”.
 

“Desde a implantação do serviço realizamos diversos mutirões para atender a grande demanda. Atualmente, cerca de 500 mulheres esperam para fazer esse procedimento, mas essa demanda é crescente, por isso, vamos continuar com os mutirões”, disse o médico ginecologista da Secretaria de Saúde (SES/DF) Adriano Bueno.
 

Segundo o médico, a adesão a esse novo tipo de intervenção gerou grande impacto na efetividade da rede de Saúde e na qualidade de vida dessas mulheres. O procedimento tradicional de laqueadura chega a custar para os cofres públicos R$339,02 por paciente, em média, englobando serviços hospitalares (R$200,5) e serviços profissionais (R$138,97). “Como o método não exige anestesia ou internação, os custos hospitalares são reduzidos, permitindo atender um maior número pacientes em menos tempo”, comentou o ginecologista.
 

A paciente Cristiane Cecília da Silva, 28 anos, moradora do Riacho Fundo I, é mãe de três filhos, e procurou o Centro de Saúde da regional em que reside, consultou um ginecologista e pediu para fazer o procedimento. Em menos de dois meses foi submetida à microcirurgia no HMIB.
 

“Assisti a uma palestra educativa, passei por uma bateria de exames e logo fui chamada para fazer o procedimento que demorou 15 minutos. Senti apenas um pequeno incômodo, mas logo depois fui para casa e agora estou feliz e despreocupada. Gostei muito do método e indico para todas as mulheres que não querem mais ter filhos”, relatou a paciente.
 

Para ter acesso ao Serviço de Planejamento Reprodutivo do HMIB é preciso procurar a regional de Saúde mais próxima de casa. A SES/DF disponibiliza nos Centros de Saúde outros métodos contraceptivos, como camisinhas, anticoncepcionais, Dispositivo Intrauterino (DIU) e Vasectomia.
 

(B.F./M.D.)