Taguatinga receberá nova unidade de centro de atendimento a deficientes

 BRASÍLIA (23/10/13) – O Centro Integrado de Atendimento à Pessoa com Deficiência (Ciapede), local criado pelo governo para oferecer serviços especializados a cidadãos deficientes, terá a atuação ampliada no próximo ano. A expectativa do GDF é que, além da atual unidade que funciona na Praça do Cidadão, na estação de metrô da 114 Sul, seja aberta outra estrutura semelhante, em Taguatinga.

“O que realizamos na Praça do Cidadão deu tão certo que será ampliado: em 2014, vai ser inaugurado um Ciapede em Taguatinga”, anunciou o subsecretário de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Secretaria de Justiça, César Pessoa de Melo.

Na estrutura existente, os interessados podem resolver problemas jurídicos, denunciar irregularidades, obter o passe livre utilizado no transporte público e solicitar o apoio de interpretes da Língua Brasileira dos Sinais (Libras), como no caso da estudante Ana Karoline, de 19 anos.

Surda, Ana Karoline comparece todos os dias à Central Interprete de Libras que funciona no Ciapede. No local, a jovem recebe o atendimento de profissionais que a acompanha a diversos locais como bancos, hospitais e outros ambientes onde não existe a oferta de intérpretes.

“Na escola, não tenho problemas para me comunicar porque há professores preparados, mas, em casa, minha mãe e minha irmã não entendem muito de Libras, então misturam português com a língua de sinais”, conta Ana, interpretada por uma funcionária da Central.

A intérprete Thalita Araújo, que trabalha na área há 12 anos, diz que o atendimento vai além da companhia em serviços básicos. Ela conta que os serviços são acionados nas mais variadas ocasiões e que é de grande importância para os surdos.

“Recebemos todos os tipos de problemas, mas o que mais aparecem são conflitos familiares. Tivemos situações em que a família pediu reunião interpretada para entender o comportamento do surdo. Pais e filhos brigavam sem motivo aparente, apenas por não compreenderem um ao outro”, disse.

Embora voltado ao acolhimento de pessoas com deficiência, o Ciapede disponibiliza serviços para todos os cidadãos. É o caso da Defensoria Pública, que atende cerca de 200 pessoas por dia, entre usuários com e sem deficiência que não têm condições de pagar um advogado particular, e do Programa de Assistência Multidisciplinar a Vítimas de Violência (Pró-Vítima), da Sejus.

Para obter mais informações e contatos sobre os serviços prestados na Central, clique aqui.

(F.M./M.D.)