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30/10/2013 às 20:45
Objetivo é transferí-las para viveiro da Novacap e dar prosseguimento às obras do Expresso DF no trecho entre viaduto Camargo Corrêa e balão do Aeroporto
BRASÍLIA (30/10/13) – O consórcio responsável pelas obras do Expresso DF (BRT Sul) começou hoje o trabalho de transplantio de 67 árvores da Estrada Parque Aeroporto (EPAR), localizadas no trecho entre o viaduto Camargo Corrêa (final do Eixão Sul) e o balão do Aeroporto. Essa técnica permite que elas sejam removidas e plantadas adequadamente em outro local.
Para realizar o trabalho, além de obedecer a normas e recomendações ambientais, o consórcio contratou o especialista Ozanan Coelho, engenheiro agrônomo que por 40 anos foi servidor da Novacap, 30 dos quais à frente do Departamento de Parques e Jardins (DPJ). Nesse período, ele foi o responsável direto pelo plantio de 3,8 milhões de árvores em Brasília.
“Essa é uma poda técnica que evita qualquer supressão, fazendo um ‘desmame’ das árvores para, então, levá-las ao viveiro II da Novacap, onde elas serão cuidadas”, explicou Ozanan, que fez questão de acompanhar de perto o primeiro dia de trabalho.
Os operários começaram com a poda e delimitaram a área das raízes. Nos próximos dias, guindastes serão levados ao local para carregar as árvores até o viveiro do órgão, localizado no Setor de Oficinas Norte.
No viveiro, as árvores da espécie Sibipiruna serão replantadas e passarão por todos os cuidados necessários para garantir sua preservação: “O viveiro é uma espécie de UTI para elas. Esse cuidado de tratar as árvores mostra o empenho do governo em preservá-las”, informou o engenheiro.
Os trabalhos têm previsão de durar em torno de 15 dias e serão realizados de segunda a sexta-feira, entre 9h e 16h30. Nos fins de semana, o horário se estende até as 19h.
Caso seja necessário, os técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) não descartam uma mudança no trânsito, para facilitar o fluxo de veículos durante o período em que o trabalho for realizado.
LEGISLAÇÃO – A legislação ambiental não prevê a necessidade de compensação quando as árvores são transplantadas, medida que é exigida quando há supressão.
Mesmo assim, o GDF decidiu que promoverá o plantio de Ipês às margens da via, no trecho entre o Aeroporto e o viaduto Camargo Corrêa.
“Em três ou quatro anos, a cidade terá um novo cartão postal. Uma alameda de Ipês, a árvore símbolo do Brasil, mostrando que é possível aliar desenvolvimento e respeito ao meio ambiente”, ressaltou Ozanan.
A partir do momento que o trajeto do Expresso DF estiver próximo de sua conclusão na Estrada Parque Aeroporto, a previsão é que os Ipês, de até 2m de altura, sejam plantados em cada lado da pista.
(L.C/J.S*)