09/11/2013 às 11:25

Cuidados simples podem evitar mortes por engasgamento

Apenas nos seis primeiros meses deste ano, sete crianças morreram no DF após engolir objetos como moedas e brinquedos

Por Ludmila Mendonça, da Secretaria de Saúde


. Foto: Divulgação

 BRASÍLIA (9/11/13)- No primeiro semestre de 2013, sete crianças morreram engasgadas no Distrito Federal, segundo dados da Secretaria de Saúde. Por isso, a pasta alerta que pais e responsáveis devem estar preparados para realizar primeiros-socorros e sempre buscar ajuda do Samu, pelo número 192.

 

“Crianças pequenas adoram levar objetos estranhos à boca, e é comum engasgar ou sufocar. Quando isso ocorrer, é indicado que os responsáveis sigam o passo a passo das instruções passadas pelo telefone”, explicou o coordenador do Samu no DF, Rodrigo Caselli.

 

Na ligação, a pessoa é orientada por um médico para lidar com a vítima. “O procedimento deve ser realizado até a chegada dos paramédicos que posteriormente levarão o paciente para o hospital”, acrescentou Caselli.

 

Para identificar se há problemas de asfixia, deve-se observar se a criança apresenta dificuldades de respiração, choro, tosse, sensação de agonia e coloração roxa dos lábios.

 

Segundo a coordenadora da Pediatria da Secretaria de Saúde, Carmem Lívia Martins, a melhor forma de evitar o acidente é a prevenção. Crianças de até quatro anos não devem consumir alimentos como pipoca, amendoim, balas e grandes pedaços de carnes e frutas, além de manusear objetos pequenos.

 

“Os pais têm que levar em consideração a faixa etária da criança para dar os alimentos e brinquedos. Impedir que menores entrem em contato com moedas, clipes, prendedores de cabelo e pequenos objetos reduz o risco de engasgamento”, relatou a especialista.

 

Em média, são atendidas, no Hospital Materno-Infantil de Brasília (HMIB), três crianças por mês que ingeriram corpos estranhos, principalmente moedas.

 

“Realizamos o raio-X para verificar se o objeto está obstruindo as vias aéreas superiores. Confirmado o diagnóstico, o paciente é encaminhado para procedimento cirúrgico. Caso contrário, a eliminação se dá por vias naturais”, esclareceu o técnico em radiologia do HMIB, Higino Ferreira Filho.

 

(H.O/J.S*)