09/11/2013 às 13:13, atualizado em 12/05/2016 às 17:53

Hospital e setor de nutrição do zoo se destacam pela limpeza e tecnologia

Reestruturação física garante mais segurança e conforto aos animais

Por Kelly Ikuma, da Agência Brasília


. Fotos: Hmenon Oliveira

 BRASÍLIA (9/11/13) – O hospital e o setor de nutrição do Zoológico de Brasília receberam esta semana a visita do governador em exercício, Tadeu Filippelli, que ressaltou a qualidade dos serviços prestados nos dois locais, além da limpeza, organização e modernidade dos equipamentos utilizados. 

 

Ambos espaços passaram por reforma, iniciada no final de 2011, e foram entregues em janeiro deste ano, com investimentos de R$ 800 mil.

 

“Fiquei impressionado com as instalações que acabo de visitar. É muito gratificante ver uma equipe com o trabalho tão alinhado. Além disso, vale destacar os equipamentos de ponta utilizados nos dois setores, a limpeza e a organização”, ressaltou Filippelli.

 

Segundo o diretor-presidente do zoo, José Belarmino da Gama Filho, as obras foram realizadas com recursos próprios, por isso a demora na entrega. “A reforma foi feita de uma maneira tímida, mas conseguimos ter um resultado final satisfatório. A reestruturação física permitiu ofertar mais segurança e conforto aos animais”.

 

A limpeza do setor de nutrição do zoo é uma das características mais marcantes para quem visita o local. Para entrar, é obrigatório o uso de jaleco e touca descartável, além de ser necessária a limpeza dos sapatos em uma máquina que contém detergente e água, tudo para evitar a contaminação dos alimentos.

 

A equipe, composta por sete pessoas, trabalha com cinco bancadas: dietas especiais, voltadas para os animais internados; gatário, para a alimentação de pequenos felinos; espaço das aves; micário, direcionada a todos os primatas; e galeria africana, para os grandes mamíferos.

 

De acordo com Laura Miranda, uma das responsáveis pela área de nutrição, cada bancada possui tabelas gigantes com a dieta de cada animal. “Não desperdiçamos nada. As cascas dos alimentos são oferecidas aos elefantes, e os alimentos estragados são enviados à composteira, local responsável por transformar o produto em adubo”.

 

Os cuidados com o manuseio dos alimentos é tão grande que a comunicação com outros setores, como o estoque e parte externa da cozinha, é realizada por telefone. “Os funcionários que saem do recinto são obrigados a trocar de roupa para entrar novamente, por isso, entramos em contato com as outras áreas por essa tecnologia”, detalhou Miranda.

 

O hospital veterinário também não perde na questão de limpeza e higiene, mas se destaca pela tecnologia dos equipamentos, que tiveram um investimento de R$ 500 mil.

 

“Temos uma máquina para a realização de ultrassom, aparelho para videocirurgia, outro para a realização de exames laboratoriais e para raio-x”, enfatizou a assessora veterinária, Betânia Borges.

 

O espaço conta com dois ambulatórios equipados para o atendimento de animais de pequeno e médio portes, central de esterilização de material, farmácia, radiodiagnóstico, necropsia e taxidermia, sala cirúrgica e setor de internação com quatro blocos, além de setor técnico para plantonista e atendimento ao corpo de profissionais veterinários.

 

“O setor de internação tem capacidade para receber até 70 animais. Dentre eles os doentes, os que aguardam destinação, aqueles que foram apreendidos e precisam fazer a quarentena longe dos outros, além dos filhotes daqueles que estão no zoológico”, explicou a especialista.

 

REFORMAS EM ANDAMENTO – O diretor-presidente do zoo, José Belarmino da Gama Filho, citou ainda três locais que estão em reforma e que serão entregues até março de 2014. Segundo ele, está em obras o recinto de imersão das aves, onde os visitantes poderão interagir com os animais soltos; o recinto da ariranha, que será transformado em um aquário; e a adaptação do antigo restaurante para a construção de uma biblioteca e auditório.

 

(K.I/J.S*)