12/11/2013 às 10:47

Abordagem social auxilia moradores de rua a deixarem a Rodoviária do Plano Piloto

Em setembro e outubro deste ano, 221 pessoas foram abordadas e 53 encaminhadas a unidades de acolhimento

Por Da Redação, com informações da Casa Civil


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (12/11/13) – Em setembro e outubro deste ano, 221 pessoas em situação de rua foram abordadas na Rodoviária do Plano Piloto e 53 delas encaminhadas a unidades de acolhimento do Distrito Federal, pelo Serviço Especializado de Abordagem Social Cidade Acolhedora, ação realizada pelo GDF.
 

“Estabelecemos um vínculo com elas para que conheçam seus direitos e tenham oportunidades fora dali. A ideia é que não voltem a morar na rua”, explicou o gerente do Serviço, Felipe Areda.
 

O Serviço Especializado de Abordagem é feito no local das 10h às 22h, em dias alternados, como uma das ações do Comitê de Gestão Integrada (CGI) da Rodoviária, composto por 14 órgãos do GDF, entre eles a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest).
 

A equipe que atua na Rodoviária conta sempre com um agente facilitador, que geralmente tem trajetória de rua para promover a interação com o abordado.
 

Segundo Felipe Areda, é preciso agir com precaução durante a abordagem para que as pessoas que vivem na Rodoviária confiem nos agentes e entendam a importância de voltar ao convívio com a família e com a sociedade.
 

A abordagem é feita a longo prazo, tendo em vista que dificilmente há convencimento de retirada no primeiro encontro. Foi o caso do engraxate Paulo* (nome fictício), abordado há cerca de um mês pela equipe da Sedest.
 

No primeiro contato ele não quis deixar o local, mas depois procurou os agentes para aceitar o acolhimento ofertado pelo governo: “Ele está cansado e disse que agora prefere ir para um abrigo”, explicou um dos agentes da equipe.
 

Os servidores trabalham na sensibilização dos moradores de rua e fazem um levantamento do histórico de cada um para entender os motivos que os levaram a permanecer no terminal. A partir do primeiro contato, eles fazem um trabalho de convencimento.
 

ABRIGOS – Os adultos que aceitam deixar a Rodoviária são encaminhados a abrigos distribuídos pelo DF. Em outubro, a rede de acolhimento de maiores de idade foi ampliada: são 200 novas vagas em abrigos no Gama, em Taguatinga e em Sobradinho.
 

Os novos lugares estão disponíveis em duas casas voltadas para atendimento de homens adultos solteiros, um para homens idosos, um para mulheres com e sem filhos e um para migrantes.
 

Os casos que envolvem crianças e adolescentes são encaminhados ao Conselho Tutelar Brasília Sul, que atende as demandas da região. As situações são averiguadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis. Ao todo, existem 33 Conselhos Tutelares distribuídos pelo DF.
 

ARTICULAÇÃO – O CGI reúne 14 órgãos do GDF. Quinzenalmente, o grupo se reúne na Administração da Rodoviária, onde há um gabinete de gestão que funciona 24 horas por dia.
 

Nos encontros, coordenados pela Casa Civil, o cumprimento do plano de ações instituído pelo GDF é avaliado por cada participante do Comitê.
 

No caso da assistência social, as reuniões do CGI permitem que Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Agefis e Seops interajam com a Sedest e a Secretaria da Criança sobre casos delicados, como os que envolvem a exploração de crianças, o uso de drogas entre moradores de rua, casos de pessoas com transtornos psiquiátricos, entre outros.
 

(L.C/T.V)