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16/11/2013 às 14:51
Sintoma precisa ser tratado para não se tornar crônico
BRASÍLIA (15/11/13) – A cefaleia, ou dor de cabeça, é o principal queixa de cerca de 50% dos pacientes que buscam atendimento no ambulatório de Neurologia do Hospital Regional do Gama. A neurologista da unidade, Tatiana Vasquez Grangeiro, explica que o sintoma atinge desde crianças até idosos e, se não for tratada, pode se tornar crônica.
“A dor de cabeça é um dos sintomas mais comuns na medicina em geral. Dos 24 pacientes atendidos diariamente no consultório a maioria se queixa do problema”, enfatizou a médica, ao destacar que a dor de cabeça pode ter várias causas, entre elas, a cefaleia tensional, a enxaqueca e as cefaléias de causas secundárias.
A mais comum é a cefaleia tensional, caracterizada pela contração muscular cervical excessiva em decorrência do estresse da vida moderna, da depressão ou do excesso de trabalho. Já a de causa secundária ocorre por algum tipo de doença como a meningite, o tumor cerebral e as hemorragias cerebrais.
Joicyara de Oliveira Fernandes, 20 anos, que aguardava avaliação neurológica no hospital, contou que sentia fortes dores, que tiveram como causa um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Tinha dores de cabeça freqüentes e há quinze dias a dor piorou, sentia o lado esquerdo paralisado, a dor estava intensa e tive falta de oxigênio no cérebro”, disse.
Segundo a neurologista, a enxaqueca é a segunda causa de dor de cabeça, “ela tem caráter hereditário, mas pode está relacionada aos maus hábitos alimentares ou ao sedentarismo”, observou.
O operador de máquinas Gilmar Ribeiro dos Santos relata que há mais de dois meses sente dores constantes. “Procurei o pronto socorro por que estava com náuseas e tonturas, a cabeça lateja muito, sinto pontadas e já observei que ao tomar leite, as dores só pioram”, descreveu, ao dizer que acredita que o sintoma é decorrência do estresse do trabalho.
A neurologista recomenda que os portadores de enxaqueca fiquem atentos aos hábitos alimentares. “Leite e derivados, frutas cítricas como o abacaxi, consumo excessivo de alimentos industrializados, do chocolate e de bebidas alcoólicas como o vinho, devido a presença flavonoides (compostos bioativos) , também podem ajudar na cronicidade da enxaqueca”, alertou.
Segundo ela, hábitos saudáveis de vida, como alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas previnem os sintomas da doença.
TRATAMENTO – Para fazer o tratamento, os pacientes devem receber uma primeira avaliação feita nas unidades básicas de saúde com o clínico geral ou o médico da família. Caso seja necessário, será feito o encaminhamento para o especialista em neurologia, que fará o acompanhamento ambulatorial do caso.
(A.S/T.V)