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21/11/2013 às 18:33
Pessoas com deficiência são incentivadas pelo GDF a participar de atividades culturais – como artistas ou espectadores
BRASÍLIA (21/11/13) – “A arte é minha vida. Meus quadros são filhos que alimento com tinta”. É assim que Lucio Piantino, 18 anos, define a importância da cultura artística para ele. O jovem tem Síndrome de Down e é uma das 574 mil pessoas com deficiência que vivem no Distrito Federal e contam com uma política do Governo do DF de inclusão em atividades culturais, tanto nas plateias quanto nos palcos.
No caso de Lucio, a frequência maior é no palco e nas galerias de arte. Ele encontrou na pintura e na dança uma forma de se expressar e driblar o preconceito. Hoje, tem seis exposições individuais no currículo e pelo menos 250 telas pintadas. “Acordo, coloco uma música para ouvir e começo a dançar e pintar. Nunca vou largar isso”, contou.
A última exposição da qual o jovem participou foi a Arte Visual, do 1º Festival de Cultura Inclusiva do DF – iniciativa da artista plástica e mãe de Lucio, Lurdinha Danezy, com apoio da Secretaria de Cultura (SEC) e investimento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e da Petrobras. As obras ficaram expostas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e no Espaço Cultural Renato Russo, simultaneamente, até 10 de novembro.
Entre as peças estão pinturas, esculturas em cerâmica e papel machê feitas por artistas cegos, autistas com Síndrome de Down e com esquizofrenia. “A aceitação do público é muito grande. No CCBB, recebemos cerca de 4 mil visitantes em 10 dias”, comemorou Lurdinha.
Para a artista plástica, que ministrou as aulas de pintura aos autores da exposição durante nove meses, é preciso oferecer oportunidades às pessoas com deficiência. “Espaços como estes fazem toda a diferença. É preciso entender a importância e investir nisso. A arte muda a vida de todos, não só de pessoas com deficiência”, ressaltou.
O GDF, por meio da Secretaria de Cultura, apoia e incentiva a produção, o fomento e a execução de projetos e eventos culturais com e para pessoas com deficiência. A ideia é promover cada vez mais acessibilidade. “O objetivo é que eles tenham acesso não só à plateia, mas ao palco: na música, na dança, no teatro”, afirmou o gerente de Inclusão e Acessibilidade da SEC, Edmilson Souza.
O gerente informou que a secretaria recomenda aos organizadores que a locomoção do público com deficiência nos locais seja fácil, desde a entrada até a saída dos espetáculos. Providenciar rampas de acesso e espaços para cadeirantes, pisos táteis para cegos e banheiros adaptados são algumas das orientações. “Já temos lugares que recebem esse público adequadamente, como o Cine Brasília, a Casa do Cantador e o Espaço Cultural Renato Russo”, explicou.
A inclusão de pessoas com deficiência em eventos culturais sempre foi alvo de discussões e estudos, mas foi após a chegada do plano “Viver sem Limite” que o projeto específico passou a ser desenvolvido. Uma das mudanças está no Sistema de Cadastro Geral para Contratação Artística (Siscult), desenvolvido pela SEC para oferecer oportunidades de emprego a artistas do DF. Até o fim deste mês, haverá uma aba destinada exclusivamente a pessoas com deficiência.
O Programa – O “Plano Distrital de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência – Viver sem Limite DF” foi elaborado pelo Grupo de Articulação e Monitoramento da Política Pública para as Pessoas com Deficiência, coordenado pela Casa Civil e pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus). Objetiva qualificar as políticas de inclusão para garantir a integração de programas e ações que proporcionem, de forma equitativa, os direitos das pessoas com deficiência.
O Plano, que tem 35 projetos vinculados a quatros eixos (Educação, Saúde, Inclusão Social e Acessibilidade), passou por consulta pública durante um mês e recebeu contribuições da sociedade. As sugestões estão sendo analisadas pelo GDF e, em seguida, será elaborada a versão do Plano em formatos acessíveis.
(M.D*)