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02/12/2013 às 12:56
Operação “Red Light” prendeu nove acusados e está à procura de um foragido
BRASÍLIA (2/12/13) – A Polícia Civil desarticulou, na manhã desta segunda-feira (2), com a prisão de nove pessoas, um esquema de prostituição de luxo que abrangia todo o Distrito Federal e também outros estados. As prisões são fruto da operação “Red Light”, uma alusão à zona de prostituição de Amsterdã, na Holanda, e teve as investigações iniciadas em junho.
“Essa foi uma operação extremamente positiva, atingiu nosso objetivo e entendemos que conseguimos desarticular esses núcleos que eram responsáveis por fazer o aliciamento, o agenciamento e o tráfico interno de mulheres para outros estados”, explicou a titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Cristina Santiago.
A operação foi desencadeada devido à alta demanda de mulheres que procuraram a Deam para informar que queriam sair da prostituição, mas que eram ameaçadas por esse motivo. Ao mesmo tempo, a delegacia iniciou as investigações para evitar práticas de prostituição de forma ilícita durante a Copa das Confederações.
Com o andamento dos procedimentos policiais, agentes da PCDF identificaram três núcleos distintos que atuavam em todas as regiões administrativas e davam suporte à prostituição de luxo que ocorria, principalmente, no Sudoeste e na Asa Norte. As peças-chave desse grupo eram quatro homens, cinco mulheres e um travesti.
Segundo a delegada, em determinados programas, o preço cobrado era de R$10 mil. No entanto, grande parte desse valor ficava com os aliciadores e agenciadores que alugavam locais, carros e davam suporte para que os programas ocorressem tanto no DF como em outros estados.
“A atividade, praticada isoladamente, não é ilícita. Porém, identificamos pessoas que agenciavam, que locavam carros, locavam imóveis e depois sublocavam para a prostituição e ainda aumentavam o valor do aluguel para terem mais lucro. Temos registros de moças que foram levadas até para a Paraíba”, informou a titular da Deam.
Entre as nove pessoas presas durante a deflagração da operação, uma delas é um policial militar. Na casa desse acusado, na Asa Norte, foram encontradas várias unidades de anabolizantes, relógios de luxo, equipamentos de informática e R$ 1,8 mil em espécie.
Com os demais acusados, a polícia apreendeu 24 veículos que eram usados pelas mulheres agenciadas para a realização de programas.
Os presos responderão por tráfico interno de pessoas, rufianismo – quando se tira proveito da prostituição alheia – e associação criminosa, com penas que chegam até seis anos por cada delito. O policial, no entanto, foi indiciado por esses crimes e por fazer o comércio ilegal de anabolizantes, o que aumenta a pena para até 15 anos de reclusão.
Eles serão encaminhados à Penitenciária da Papuda, onde ficarão à disposição da Justiça. Segundo a polícia, uma pessoa integrante do esquema está com o mandado de prisão expedido, porém, encontra-se foragida.
(F.M./M.D.*)