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31/12/2013 às 16:21
Principais vítimas de queimaduras são crianças e adolescentes
BRASÍLIA (31/12/13) – Prática comum durante as festas de fim de ano, a queima de fogos de artifício requer cuidados, pois o uso inadequado dos artefatos pode causar queimaduras graves.
O cirurgião plástico da Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), Gilberto Aguiar, alerta para os cuidados ao manusear os fogos e assim evitar acidentes. O uso de fogos nunca deve ser associado ao consumo de bebidas alcoólicas. “Quem bebe perde o medo, e isso aumenta os riscos”, salienta.
Apesar de não haver um levantamento específico do número de casos de acidentes com fogos de artifício, o médico avaliou que as principais vítimas são crianças e adolescentes, que geralmente estão próximas a quem está soltando os fogos de artifício. As lesões atingem especialmente mãos e face.
Em caso de queimadura, o médico orienta a não usar nenhum produto ou substancia nas lesões. “Nem mesmo pomadas para queimaduras devem ser utilizadas. O melhor é lavar bem a queimadura com água corrente”. Para aliviar a dor, ele recomenda colocar compressa fria. Em seguida, a vítima deve procurar um serviço de emergência ou o pronto-socorro do HRAN.
O HRAN atende em média 180 vítimas de queimadura no pronto-socorro todos os meses. Desse total, pelo menos 20 necessitam internação devido à gravidade das lesões. A unidade dispõe ainda de um ambulatório especializado com agenda aberta para atender os queimados que necessitam de acompanhamento e troca de curativo.
“Quem optar pelo uso de fogos deve seguir as recomendações da embalagem do produto, procurar um local isolado, longe de crianças, não direcionar o artefato para fios elétricos e imóveis e usar um suporte para deixar o rojão mais distante do corpo e aumentar a segurança” alerta Aguiar.
Além disso, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal recomenda a compra de produtos licenciados pelo Ministério do Exército e em lojas credenciadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2001 e 2010, mais de 100 pessoas, em todo o país, morreram vítimas de queimaduras por fogos de artifício e quase seis mil foram internados com ferimentos graves.
(B.F/T.V*)