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14/01/2014 às 11:39
Especialidade pode ser encontrada em 16 unidades da rede pública de saúde
BRASÍLIA (14/1/14) – Dados preliminares da Secretaria de Saúde apontam que 17,5 mil pessoas foram atendidas no serviço de acupuntura, de janeiro a outubro do último ano. A técnica, usada na rede pública do Distrito Federal desde 1989, está disponível à população em 16 unidades de saúde.
Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1991, como tratamento complementar, a acupuntura pode tratar até 41 doenças, o que alavancou em 272% a procura de pacientes pelo tratamento. Somente em 2012 foram atendidos no DF 23 mil pacientes e mais 80 mil procedimentos foram realizados na especialidade.
Ao todo, 21 especialistas são responsáveis pelo atendimento na rede pública de saúde. Eles estão lotados no Hospital de Base –onde há residência médica na especialidade desde 2008-, nos hospitais de Apoio, Paranoá, Guará e Santa Maria, no Centro de Referencia de Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) e no Departamento de Saúde Ocupacional (Desoc).
Centros de Saúde do Gama, Guará, Ceilândia, Cruzeiro e Sobradinho, além da Unidade Mista de Taguatinga e as unidades de Atenção Primária do Riacho Fundo e Recanto das Emas também oferecem esse serviço.
De acordo com a pasta, graduandos em medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) têm parte da carga horária dedicada ao estudo da acupuntura. Pelo trabalho desenvolvido pelo GDF, muitos especialistas de outros estados e de outros países vêm ao DF para conhecer mais sobre esse tratamento.
FUNDAMENTOS – A acupuntura é um tipo de tratamento que observa o ser humano em sua forma completa, tanto em questões espirituais, como físicas e emocionais. Ela não separa a doença do estilo de vida que a pessoa leva, mas integra a sua constituição física, hereditária e comportamental.
Para iniciar o tratamento com a acupuntura, é preciso uma avaliação do estado do paciente e considerar fatores como a forma de respiração, rubor facial, nitidez da pele, unhas, cabelo, brilho do olhar e retenção de líquidos no organismo, entre vários outros detalhes.
A doença estaria, de acordo com os fundamentos da acupuntura, no chamado plano energético, ou seja, na circulação sanguínea que não funciona adequadamente, o que provoca danos à saúde da pessoa.
O tratamento com acupuntura é feito basicamente com a aplicação de agulhas em diversos pontos específicos do corpo. Esses inúmeros pontos são entendidos pelos chineses como condutores de energia ou meridianos, e a energia nada mais é do que o sangue que corre nas veias das pessoas.
INDICAÇÕES – A OMS aponta várias doenças que podem ser tratadas com a acupuntura, entre elas as ortopédicas como o reumatismo, lesões ortopédicas, fibromialgia, dores relacionadas às articulações, recuperações pós-cirúrgicas por fraturas. Também doenças ginecológicas, como infertilidade provocada principalmente pela ansiedade, doenças de origem gástricas e cardíacas, entre outras.
A especialidade também trata doenças de origem endócrina, como lentidão do metabolismo e os hipotireoidismos, além de dores menstruais, TPM, enxaquecas, rinites, situações hormonais, a colesterol e triglicerídeo altos e doenças psicológicas, como transtorno do pânico, ansiedade e depressão.
Para a maioria dos casos, a acupuntura é um tratamento complementar, ou seja, integra o tratamento convencional das doenças. Algumas patologias a acupuntura não cura, mas ameniza os sintomas, como o processo inflamatório e a dor. A maioria dos pacientes faz o tratamento da acupuntura acompanhado pelo médico que o atende na medicina tradicional.
(F.M/T.V*)