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18/01/2014 às 16:26
Gestante com síndrome Hellp deve procurar hospitais públicos
BRASÍLIA (18/1/14) – Toda gestante precisa de cuidados especiais com a saúde para ter uma gravidez saudável. O pré-natal é essencial para o diagnóstico de doenças que podem até levar a óbito tanto do feto quanto da mãe. Entre esses males está a hipertensão e uma das complicações causadas pela pressão alta é a síndrome Hellp, que atinge em média 0,6% das gestantes.
“É uma das maiores causa de morte materna no país”, segundo o chefe do Centro Obstétrico do Hospital Regional de Santa Maria, Alexandre Salles.
A síndrome é a evolução da pré-eclâmpsia, uma doença gestacional em que a mulher desenvolve hipertensão e proteína na urina. Por isso é essencial que a gestante faça acompanhamento. Com a hipertensão controlada, a paciente dificilmente desenvolverá a essa condição, o que impede assim a ocorrência da síndrome.
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais. A síndrome de Hellp pode aparecer em qualquer fase da gestação, inclusive, mas raramente, no pós-parto. Se a gestante com pré-eclâmpsia apresentar alterações como hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação) nas enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas, provavelmente desenvolveu a síndrome.
Sintomas como dores no estômago, mal-estar, náuseas e vômito também podem indicar a manifestação da doença, e a gestante diagnosticada deve ser internada imediatamente. O tratamento para síndrome é o parto. “O desencadeador do processo é a placenta, e por isso ela precisa ser retirada imediatamente”, explicou o Chefe da Residência do HRG e professor em obstetrícia, José Paulo da Silva Netto.
“Alguns autores recomendam a administração de corticoides para acelerar a maturidade pulmonar do feto e realizar o parto entre 24-48 horas”, explicou também a obstetra e diretora do HRSM, Josélia Nunes. No caso de a condição aparecer após o parto, o tratamento será feito de acordo com os sintomas que aparecerem.
“Se a síndrome acontecer após o nascimento da criança, o tratamento será em cima do que está alterado”, disse Netto.
A rede pública de saúde do Distrito Federal oferece tratamento para a doença em todos os centros obstétricos (C.O.). “Como o tratamento principal é o parto, todos os C.Os são capazes de receber as gestantes com a síndrome”, finalizou Netto.
(T.V*)