24/01/2014 às 15:20

Molusco apreciado na culinária asiática se reproduz no Lago Paranoá

Conchas também indicam boa qualidade da água, pois não sobrevivem em locais poluídos

Por Da Redação, com informações da Adasa


. Foto: Divulgação

 BRASÍLIA (24/1/14) – Técnicos da Adasa perceberam o crescimento da quantidade de conchas no Lago Paranoá. A empresa realiza vistorias na região para acompanhar o desenvolvimento dos moluscos.

 

As conchinhas, de cores que variam entre o marrom e o amarelo, podem ser encontradas às margens do lago e trazem um aspecto litorâneo ao local, além de abrigarem em seu interior um molusco muito apreciado na culinária asiática, principalmente na chinesa.

 

Segundo a professora da UnB Maria Julia Martins Silva esse invertebrado pertence à classe bivalvia e seu nome científico é Corbicula Flumínea, popularmente chamado de “molusco da prosperidade” ou “molusco da sorte”.

 

A expectativa de vida dessa espécie é de 4 a 5 anos e sua concha pode atingir até 4 centímetros.

 

Essas conchas são utilizadas, ainda, como um bioindicador da qualidade das águas do lago, pois são relativamente frágeis e não sobrevivem em locais poluídos, elas gostam de águas calmas e com alta taxa de oxigenação.

 

SURGIMENTO NO BRASIL – Os pequenos moluscos chegaram ao Brasil no final da década de 1960, pelo Rio da Prata, onde fazemos fronteira com o Uruguai e a Argentina. As águas do Paranoá têm ligação com os rios São Bartolomeu, Corumbá, Paranaíba, Paraná e Prata.

 

Um estudo publicado no Brazilian Journal of Biology estimou que a espécie invasora chegou ao Lago Paranoá em 2000. Em 2006 professores da UNB estudaram a invasão e identificaram que a espécie estava restrita a poucas áreas do lago, principalmente nas imediações da Ponte do Bragueto.

 

(V.F./M.D*)