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29/01/2014 às 17:55
Iniciativa evitará acúmulo de lixo em frente aos restaurantes das quadras comerciais
BRASÍLIA (29/1/14) – Uma alternativa inovadora de armazenamento de lixo, adotada com sucesso na Europa e por várias cidades do Brasil, deve ser implantada, em breve, no Distrito Federal. O contêiner semienterrado, que substituirá até cinco equipamentos convencionais, já está sendo instalado em seis quadras comerciais, com maior quantidade de restaurantes, da Asa Sul, como parte do projeto-piloto.
A diretoria do Sistema de Limpeza Urbana (SLU) e a Administração de Brasília se reuniram hoje com comerciantes do Plano Piloto para discutir a viabilidade do projeto.
Neste período de teste, 40 contêineres contemplarão as quadras 201/202, 209/210, 402/403, 404/405, 406/407 e 409/410 e não gerarão custo ao governo nem aos proprietários dos estabelecimentos. Caso a iniciativa seja aprovada, o custo será negociado entre as partes.
“As quadras de restaurantes foram escolhidas por serem o cartão de visitas da nossa cidade, mas a ideia é ampliar para todas as outras, inclusive para as residenciais”, destacou o diretor do SLU, Gastão Ramos, ao lembrar que o teste será feito por seis meses com possibilidade de prorrogação.
Ainda de acordo com ele, caso a iniciativa seja aprovada pela população, a licitação será feita este ano e a previsão é que seja implantada definitivamente até 2015.
Os novos equipamentos, que serão enterrados em quase sua totalidade, terão três metros de altura e de dois a cinco metros cúbicos de volume, com capacidade para suportar o conteúdo armazenado em cinco contêineres convencionais. Eles serão fabricados com material plástico e terão o formato de um copo, que terá um saco feito de ráfia, tecido a base de fibra, onde ficará o lixo descartado pelos comerciantes. O novo sistema seguirá as regras da coleta seletiva, com a separação de plásticos, vidros e llixo orgânico.
Ao contrário dos contêineres metálicos, eles serão instalados nas pontas das quadras, de forma a não atrapalhar a passagem dos pedestres nas calçadas, e a uma distância considerável dos estabelecimentos. E, para que nenhum morador de rua ou catador individual tenha acesso ao conteúdo descartado, as tampas foram fabricadas de forma a não se manterem abertas sem a presença do usuário responsável.
O lixo será recolhido por caminhões específicos disponibilizados pela mesma empresa que já atua nesse segmento no DF. Eles terão uma haste metálica que puxará o saco dos contêineres, com capacidade de suportar até cinco toneladas, reduzindo em quase 100% o barulho produzido pelos veículos atualmente. Após esse processo, o coletor despejará o conteúdo na caçamba, limpará o equipamento e reposicionará o saco no mesmo local.
A iniciativa foi aprovada pelo administrador de Brasília, Messias de Souza, que estuda a possibilidade de incluir, durante o projeto-piloto, algumas quadras da Asa Norte.
“Essa ação é importante não só para a gestão dos resíduos sólidos, ela resolverá o problema de localização dos contêineres, que ficam espalhados nas quadras; do barulho feito pelos caminhões da coleta; da higiene, pois os catadores não terão acesso; e o estético”, detalhou o administrador.
COMERCIANTES APROVAM – Para o proprietário de uma creperia na 408/409 Sul, Sérgio Quintiliano, a iniciativa é digna de aplausos. “Demorou muito para esta tecnologia ser implantada aqui no DF. Desde 2008 ouvia sobre esse tema, mas somente nesta gestão ela será tirado do papel”, declarou.
A caixa de um restaurante na 202 Sul Aytana Rodrigues destaca que ficou feliz pelo projeto chegar primeiro na quadra em que trabalha. “Com certeza essa ação será benéfica para o ramo da alimentação, tanto para os empresários, quanto para os clientes, porque diminuirá o mau cheiro, e também reduzirá a presença de insetos e roedores pela região, já que essas lixeiras ficarão sempre fechadas”, avaliou.
O garçom Rafael Rodrigues também ficou feliz com a iniciativa: “Quem passa perto dos contêineres e nós, que trabalhamos diretamente com o descarregamento do lixo, sentimos muito cheiro forte que vem do chorume, gerado pelos resíduos, que acaba escorrendo na terra”, avaliou.
(K.I/J.S*)