Cursos oferecidos pelo GDF proporcionam capacitação profissional e aumento de renda

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Cursos oferecidos pelo GDF proporcionam capacitação profissional e aumento de renda

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10/02/2014 às 12:26

Alunos do Fábrica Social realizam sonho de montar o próprio negócio

 

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Cursos oferecidos pelo GDF proporcionam capacitação profissional e aumento de renda

Por Fábio Magalhães, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura

BRASÍLIA (10/2/14) – Montar um negócio e ter sucesso profissional. Esses desejos, comuns à maioria dos brasileiros, têm se tornado uma realidade cada vez mais frequente para muitos dos 1,2 mil capacitandos do “Fábrica Social”. É o caso da artesã Angelita Pimentel, 46 anos, que, após dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), encontrou no programa social do GDF “uma forma de se sentir mais viva” e de realizar seus sonhos.

 

“Depois de ter dois vasos do cérebro obstruídos, tive muitas restrições e não posso, por exemplo, varrer a minha casa por causa do esforço. Assim que conheci o ‘Fábrica Social’, minha vida mudou. Aqui, sentada, posso aprender uma profissão e ainda ganho por isso. Ajudou a minha saúde e me dá a chance de crescer”, reconheceu.

 

Antes de participar da capacitação, Angelita, que mora na Cidade Estrutural, sobrevivia com a aposentadoria do esposo, que é deficiente visual e recebe um salário-mínimo. O dinheiro não era suficiente para as despesas da casa, e, muitas vezes, a família “passava aperto”.

 

Apesar das dificuldades, hoje Angelita sabe manusear máquinas de costura e aprendeu diversas atividades da produção têxtil. Mas ela, que participa do “Fábrica Social” desde novembro de 2013, ainda guarda um sonho, que já está perto de realizar: montar uma confecção. Para isso, ela adquiriu um empréstimo do “Prospera”, programa de microcrédito do GDF voltado ao fortalecimento de empreendimentos de baixa renda.

 

“Peguei um empréstimo de R$ 1,5 mil e vou pagar em 10 vezes, com juros bem baixos. Com esse dinheiro já comprei uma máquina “Zig Zag”, panos de prato, linhas e tecidos. Sobraram R$ 400, e vou investir, no final de fevereiro, na produção de ovos de páscoa”, explicou.

 

Hoje, produzindo peças de jalecos, Angelita já consegue aumentar a renda e até mesmo pagar um curso de inglês para o filho de 12 anos. “Eu gosto de estar aqui. Eu vou conseguir realizar meu sonho”, frisou.

 

PEQUENOS NEGÓCIOS – Assim como Angelita, outros capacitandos do “Fábrica Social” já estão colhendo os frutos do empenho em aprender uma profissão. Também com o auxílio do “Prospera”, Maria Ester Santos, 27 anos, que está no programa há cinco meses, conseguiu montar, na Cidade Estrutural, uma pequena loja de costura e de reforma de sofás e pufes

 

“Antes do ‘Fábrica Social’, já trabalhava com confecções, mas não tinha o curso profissionalizante. Estava desempregada há um ano e vivia apenas com um salário-mínimo do meu esposo. Aqui consigo ganhar até R$ 1 mil por mês, e com o empréstimo do ‘Prospera’ conseguimos montar nossa loja. Já pudemos comprar uma moto, e agora quero sair do aluguel. Continuando aqui, pretendo dar entrada no financiamento da minha casa”, revelou Maria Ester.

 

FAZENDO PLANOS – O desejo de crescer para a maior parte das pessoas assistidas pelo programa é constante e impulsiona, cada vez mais, a busca pelo conhecimento das profissões ensinadas pelo Governo do Distrito Federal. É o caso também de Alcione Pereira, 27 anos, que, depois de seis meses, conseguiu tornar-se auxiliar de produção. Para ela, o “Fábrica Social” representa uma nova fase na vida.

 

“Tudo mudou depois desse curso, principalmente a autoestima. Quando se está em casa sem fazer nada e sem ter um diploma, dá muito medo, pois não sabemos do futuro. Quando sair daqui, posso bater em qualquer porta porque terei uma formação”, orgulhou-se.

 

Pensando em montar o próprio negócio, Alcione contraiu um empréstimo de R$ 1,5 mil do “Prospera”, a ser pago em 18 vezes. Com esse valor, ela adquiriu uma máquina de costura, linhas e tecidos e planeja, assim que liquidar essa dívida, fazer novo empréstimo para montar uma empresa de confecção de roupas.

 

O PROGRAMA – Criado em agosto de 2013, o “Fábrica Social” capacita, atualmente, 1,2 mil pessoas em diversas áreas de atuação. O objetivo dessa ação social do GDF é promover, pela ascensão profissional, melhor qualidade de vida para a população de baixa renda.

 

“Muitas pessoas chegavam aqui sem perspectiva, com o moral muito baixo, um sentimento frustrado de muitas procuras e poucos resultados. Hoje, elas saem daqui confiantes, dispostas e com muita vontade de vencer na vida. Todos os brasileiros deveriam ter essa oportunidade”, desejou o coordenador do “Fábrica Social”, Gerêncio de Bem.

 

Na sede do programa, na Cidade Estrutural, onde existem máquinas de alta tecnologia, os beneficiários podem passar até dois anos em aprendizado e, ao sair, estarão capacitados para produzir, entre outras coisas, uniformes escolares e profissionais, mochilas, bonés, bolas e redes para modalidades esportivas. Os alunos são remunerados, e todo o material confeccionado é doado para escolas, órgãos públicos e instituições filantrópicas.

 

(F.M./M.D.*)