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13/02/2014 às 11:37

Primeiro aterro sanitário do DF ficará pronto em maio

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Unidade receberá cerca de 2,2 mil toneladas, por dia, de rejeitos das usinas de compostagem e da coleta seletiva

Por Kelly Ikuma, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura / Arquivo

BRASÍLIA (11/2/14) – O lixão da Estrutural, que funciona de maneira improvisada, há mais de 50 anos, está com os dias contados para ser desativado. A previsão do governo é encerrar as atividades no local até maio e, no mesmo período, abrir as portas do primeiro aterro sanitário do DF. Em construção ao lado da estação de tratamento da Caesb, em Samambaia, o novo espaço terá aproximadamente 30 hectares de área.


A licitação para contratar a empresa responsável por construir e manter a parte principal do Aterro Sanitário Oeste – as células onde os dejetos serão depositados – está em fase de julgamento de proposta. Em relação à infraestrutura, de responsabilidade da Novacap, está em andamento a execução da pavimentação asfáltica, meios-fios e drenagem das vias de acesso perimetral e de serviço da área interna.

 

De acordo com o diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos, está prevista a construção de três células para o armazenamento do rejeito. “A primeira ficará pronta em maio e as outras duas serão construídas de acordo com a necessidade. Cada uma terá vida útil entre 8 e 10 anos, tempo que pode ser estendido com a eficácia da coleta seletiva e da capacidade de compostagem, que deverá ser ampliada em breve”, afirmou.

 

O novo espaço terá capacidade para receber até 68 mil toneladas de lixo por mês, média de 2,2 mil toneladas por dia. De acordo com o SLU, essa quantidade será consideravelmente reduzida com a coleta seletiva. O DF produz, atualmente, 2,7 mil toneladas de lixo orgânico diariamente, que são despejadas no maior lixão a céu aberto do país.

 

TRATAMENTO – O aterro não receberá descarte “in natura”, somente os rejeitos das usinas de compostagem e da coleta seletiva, e não permitirá a presença de catadores. Todo o material será acomodado em camadas, prensado e isolado com mantas para anular odor e efeitos desagradáveis para a população. Além disso, o solo será impermeabilizado para evitar contaminação.

 

O chorume – substância líquida resultante do processo de putrefação de matérias orgânicas – será tratado, ação que não ocorre atualmente na Estrutural. Essa parte do processo será realizada pela Caesb, que construirá uma estação elevatória dentro da área do aterro responsável por bombear esse material até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior, a mais próxima do local entre as duas em funcionamento em Samambaia.

 

“A unidade ficará pronta ainda este ano, mas não será inaugurada com o aterro. O motivo é que no início das operações no novo espaço não será produzida grande quantidade de chorume, não havendo necessidade imediata de bombeamento do material para a estação de esgoto em questão”, afirmou o assessor da diretoria de Engenharia e Meio Ambiente da Caesb, Antônio Harada.

 

O fechamento do lixão cumpre determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a obrigatoriedade de desativar até agosto deste ano os lixões de todo o país, como também implantar a coleta seletiva nos municípios. “Por determinação do governador, vamos entregar o primeiro aterro sanitário do DF antes do prazo estipulado por lei para que o processo esteja em pleno funcionamento até a Copa do Mundo de 2014”, ressaltou Ramos.

 

(K.I./I.M*.)