16/02/2014 às 11:17

Mulheres vítimas de violência terão atendimento centralizado

Casa da Mulher Brasileira reunirá diversos órgãos para minimizar o sofrimento durante acolhimento

Por Fábio Magalhães, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura / Arquivo

BRASÍLIA (16/2/14) – Mulheres que passam por situações de violência e discriminação ou outras circunstâncias vexatórias contarão, ainda este semestre, com os serviços da Casa da Mulher Brasileira. A unidade do DF, que é uma das 27 construídas em todo o Brasil, é considerada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República como a que está com o processo de implantação mais avançado.

 

“A casa busca oferecer os serviços relacionados ao enfrentamento às desigualdades de gênero e à violência. No mesmo local, colocaremos todas as condições para que ela possa superar essa fase e que não precise passar por uma peregrinação em diversos órgãos instalados em locais diferentes”, explicou a secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia à Agência Brasília.

 

O espaço está em fase final do processo licitatório, e, em março, as obras devem ser iniciadas. A previsão de conclusão, segundo a titular da pasta, é ainda este semestre. Ao todo, serão investidos cerca de R$ 113 mil do governo federal, e o GDF, em contrapartida, disponibilizará 50 servidores.

 

A unidade será erguida no Setor de Autarquias Norte, Lote 4, próximo ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Em uma área de 7 mil m², será construída a estrutura de pouco mais de 2 mil m² que reunirá diversas ações de apoio às mulheres.

 

“Colocaremos equipamentos como assistência psicossocial, delegacia da mulher, defensoria e alojamento de passagem, e estamos em diálogo com o Ministério Público e Tribunal de Justiça para que também integrem a iniciativa. A casa para nós é fundamental”, acrescentou Olgamir.

 

De acordo com a secretária, a expectativa é que aproximadamente 50 pessoas sejam atendidas diariamente no local. O número, no entanto, pode aumentar assim que os trabalhos forem iniciados e os procedimentos otimizados.

 

OPORTUNIDADES – Além dos procedimentos voltados ao atendimento das mulheres, a unidade, que será gerida pelo GDF, disponibilizará espaços para que elas possam conseguir independência financeira e melhores condições de vida.

 

Um dos atendimentos nesta área que poderão ser disfrutados pelas assistidas será o “Prospera Mulher”, programa de microcrédito orientado que financiará, com o apoio da Secretaria da Mulher, projetos de empreendedorismo.

 

“Isso é muito importante porque quem tem autonomia econômica e financeira tem a capacidade de enfrentar qualquer tipo de situação de violência em que se encontre. Muitas se sujeitam a situações de violência, por exemplo, por não terem renda e, consequentemente, para onde ir”, esclareceu Olgamir Amancia.

 

A casa é um dos eixos do programa “Mulher, Viver sem Violência”, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

 

(F.M./M.D.*)