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Índice de reprovação passou de 42% para 12% de 2012 para 2013

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Índice de reprovação passou de 42% para 12% de 2012 para 2013

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21/02/2014 às 12:13

Escola no Recanto das Emas se destaca por gestão criativa

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Índice de reprovação passou de 42% para 12% de 2012 para 2013

Por Fábio Magalhães, da Agência Brasília


. Foto:Mariana Raphael

BRASÍLIA (21/2/14) – A vontade dos professores em transformar vidas pelo acesso à educação tem mostrado bons resultados no Centro Educacional 104 (CED 104) do Recanto das Emas. A escola, que é considerada destaque em toda a rede pela gestão criativa, mostra que, com empenho, é possível oferecer educação pública de qualidade em estruturas adequadas.

 

A realidade da instituição de ensino é diferente de muitas outras unidades do Distrito Federal, embora ela receba os mesmos recursos e atenção da Secretaria de Educação. Por lá, todas as salas são organizadas, as carteiras preservadas e, mesmo tendo sido pintada há dois anos, não há um único rabisco nas paredes. O motivo desse feito, segundo o supervisor pedagógico da escola, Paulo Henrique Cruz, foi o engajamento de todos.

 

“Antes de 2011, tínhamos muitas pichações e depredação do patrimônio. Assim que esta gestão assumiu, pintamos todas as salas e passamos a trabalhar com os alunos, conversando, e conseguimos fazê-los abraçar a escola como um espaço deles”, explicou o educador.

 

Diariamente, 1,3 mil alunos dos turnos matutino e vespertino frequentam as aulas no CED 104, que dispõe de 20 salas. Em cada uma delas, com recursos do “Programa de Descentralização Administrativa e Financeira” (PDAF), a direção instalou televisores de LCD 42 de polegadas para as aulas.

 

Fora das quatro paredes, a mudança no ambiente também é perceptível. Não há, por parte de ninguém da escola, descarte de lixo no chão, o que mantém o local completamente limpo mesmo após os intervalos. Para auxiliar o aprendizado, a unidade de ensino conta, inclusive, com sinal de internet sem fio disponível gratuitamente para alunos e professores.

 

“Essa escola é uma das melhores que existem, porque aqui aprendemos de verdade. Temos uma estrutura boa, e isso faz com que gostemos de ficar mais na escola”, disse a estudante da 7ª série Ana Carolina Silva, 14 anos.

 

A vontade de estar no ambiente escolar, de acordo com o supervisor pedagógico Paulo Henrique Cruz, foi um dos principais impactos desse formato de gestão adotado pela direção. Depois dessa modificação no ambiente escolar, conforme lembrou o educador, o número de reprovações diminuiu.

 

“Em números gerais, a reprovação passou de 42% para 12% (de 2012 para 2013). Só no Ensino Médio, esse índice caiu de 32% para 5%, e no Eensino Fundamental foi de 30% para 19%. Esses dados são do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”, frisou Cruz.

 

Além das boas salas de aula, a escola conta com biblioteca, laboratório de informática -com 38 computadores e um projetor- e laboratório de ciências.

 

Há, também, uma quadra coberta, banheiros de alto padrão com acessibilidade e salas para o desenvolvimento de atividades da escola integral, já que a instituição atende os alunos por 8h diárias e oferece quatro refeições.

 

HUMANIZAÇÃO – Além da estrutura, o capital humano da escola é o que realmente faz a diferença, segundo os alunos. Para a estudante da 7ª série Stéfany Faer, 12 anos, o jeito de os professores lidarem com os estudantes faz com que queiram aprender mais.

 

“Sempre estudei em escola pública, mas em nenhuma delas desse jeito. Não que as outras fossem ruins, mas aqui achei bem melhor. É tudo arrumado, e a maioria dos professores brinca com os alunos e eles se tornam nossos amigos. Desse jeito, fica mais fácil aprender”, destacou Stéfany.

 

Já o estudante Roni Pereira, 16 anos, que cursa a 8ª série e é cadeirante, garante que estudar no CED 104 foi uma das melhores coisas que aconteceram em sua vida. “Em outras escolas tive algumas dificuldades de locomoção. Aqui, nunca tive dificuldade. Essa é a melhor escola onde já estudei”, acrescentou.

 

Por ter um ambiente bom, os docentes também estão satisfeitos em trabalhar lá. Esse é o caso da professora de geografia Mônica Celeste, que há 17 anos está na escola e presenciou, de perto, todo o progresso no ensino e na gestão.

 

“Esta escola foi inaugurada em setembro de 1996, e em fevereiro de 1997 comecei a trabalhar aqui. O ambiente é o mesmo, mas a gestão fez a diferença, e todos os professores abraçaram a causa”, ressaltou.

 

Outro diferencial da escola são as atividades complementares aos conteúdos da sala de aula, como o acompanhamento pedagógico aos alunos que têm rendimento baixo. Além disso, no início do próximo mês, a direção colocará à disposição aulas de música, jiu-jitsu e dança.

 

(F.M./M.D.*)