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22/02/2014 às 18:32

Candangos do Bandeirante desfila o orgulho negro na Passarela da Alegria

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Escola de samba aposta em homenagem à sambista brasiliense Dhi Ribeiro para voltar à elite do carnaval brasiliense

Por Fábio Magalhães, da Agência Brasília


. Foto: Mary Leal

BRASÍLIA (22/2/14) – O orgulho pelas raízes negras ganhará a avenida durante os desfiles de carnaval na Passarela da Alegria. É o que promete a Candangos do Bandeirante, que contará a história da cantora brasiliense Dhi Ribeiro com versos de samba e alegorias exuberantes, lembrará as matrizes africanas e homenageará os orixás.


Com 500 pessoas na avenida, a escola, de 35 anos, mostrará ao público três carros alegóricos, o maior deles com 12 metros de comprimento e, segundo o presidente da agremiação, Rogério Raimundo da Silva, “vai surpreender” quem assistir à apresentação.

 

“Estamos preparando várias surpresas como um algo a mais na coreografia e na paradinha da bateria, que todo ano procuramos mudar o formato. Estamos ensaiando desde dezembro, todos os sábados, e queremos fazer bonito na passarela”, explicou Silva.

 

Mesmo com a força da bateria, que terá 60 ritmistas ditando o ritmo do desfile, a aposta para conquistar o título, no entanto, vem dos carros alegóricos.

 

O abre-alas lembrará os “bambas do samba” com uma saudação aos grandes nomes da música nacional que contribuíram para a consolidação desse estilo musical. O segundo carro resgatará a história da homenageada pela escola neste carnaval, a sambista Dhi Ribeiro, com a temática do circo, já que a cantora fez parte do universo circense anos atrás.

 

O terceiro e último carro alegórico, por sua vez, fará menção às agremiações cariocas Beija Flor e Portela, as duas paixões da sambista brasiliense no carnaval carioca.

 

VALORIZAÇÃO – De acordo com o sambista Flávio Neves, conhecido no mundo do samba como Flavinho, a escolha de Dhi Ribeiro como tema do enredo foi uma forma de homenagear um artista local, ainda em vida.

 

“Estávamos fazendo sempre o mesmo formato de enredo, falando de pessoas falecidas ou de outros estados. Então, refletimos: por que não falar daqui de Brasília e homenagear uma pessoa que, às vezes, muitos nem conhecem. No mesmo momento, pensamos em Dhi Ribeiro, que tem a cara do nosso povo”, explicou Flavinho Sambista.

 

“É uma forma de valorizar os brasilienses. Esquecer um pouco de outros temas de fora e elevar a nossa classe de artistas locais.”, completou o sambista.

 

(F.M./I.M.*)