09/03/2014 às 17:45

Técnica utilizada pelo HRAN acelera processo de cicatrização

Método é indicado em casos de maior complexidade, como pé diabético e queimaduras de 2º e 3º graus

Por Da Redação, com informações da Secretaria de Saúde


. Foto: Mary Leal / Arquivo

 BRASÍLIA (9/3/14) – Mais de 380 pacientes do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) tiveram seus ferimentos tratados com a Técnica de Pressão Negativa, utilizada há um ano na unidade de saúde. A tecnologia, que acelera o processo de fechamento de lesões, é indicada apenas em casos de maior complexidade por ser mais eficaz que os métodos convencionais.

 

Em 2013, 300 pessoas receberam esse tratamento no HRAN, e, até o fim de fevereiro deste ano, 80 pacientes foram beneficiados. O procedimento é realizado com uma bomba que, ligada em uma tomada por uma bateria, isola a área da ferida e controla a quantidade de líquido da região. Isso, segundo especialistas, abre caminho para ampliar o fluxo de sangue no local, o que acelera o processo de cicatrização.

 

Além disso, o aparelho é portátil e tem uma bateria com autonomia de duas a três horas de funcionamento, o que permite que o paciente possa fazer as atividades diárias enquanto recebe o tratamento curativo.

 

Segundo o coordenador do Serviço de Queimados da Secretaria de Saúde, José Adorno, a grande maioria dos pacientes tratados no ano passado já teve alta hospitalar completa (clínica e ambulatorial), e os ferimentos foram totalmente fechados.

 

“Se não fosse pela pressão negativa, eles ainda estariam se tratando com os métodos convencionais e, talvez, sem a menor perspectiva de resolução do problema. Virariam pacientes crônicos”, destacou Adorno. Ele ainda completa que o aparelho pode reduzir pela metade os custos e o tempo do tratamento ambulatorial, além da maior desospitalização, o que libera mais leitos para novos atendimentos.

 

Feridas como a exposição de ossos, osteomielites, pé diabético, úlcera de pressão e queimaduras de 2º e 3º graus são consideradas complexas. Adorno explica que esses casos são avaliados por uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, clínico vascular e cirurgião plástico.

 

“Nesses tipos de feridas, temos quase certeza de que há a necessidade da pressão negativa. Porém, o paciente ainda deve ser submetido a exames com toda a equipe para constatar a necessidade de utilização da técnica”. O coordenador do Serviço de Queimados enfatiza também que “esta técnica é a maior evolução em tratamentos de feridas dos últimos 20 anos”.

 

(C.C/J.S*)