Público de todas as idades assistiu, emocionado, ao espetáculo da paixão e ressurreição de Cristo realizado por 1,1 mil atores e figurantes
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19/04/2014 às 00:14
Público de todas as idades assistiu, emocionado, ao espetáculo da paixão e ressurreição de Cristo realizado por 1,1 mil atores e figurantes
BRASÍLIA (18/4/14) – Com um público de 170 mil pessoas, 20 mil a mais que a expectativa da Polícia Militar, foi encerrada, no Morro da Capelinha, em Planaltina, a 41ª edição da Via-Sacra. O evento, que teve duração de aproximadamente 4h, emocionou crianças, jovens, adultos e idosos que acompanharam, sob o calor forte, todos os passos dos atores que encenaram a mais tradicional Paixão de Cristo do Distrito Federal.
Iniciada pontualmente às 16h30, a peça teatral que contou os últimos passos de Jesus levou 1,1 mil cidadãos comuns a se tornarem, momentaneamente, atores e figurantes. Com feições realistas, figurino, som e iluminação impecáveis, os fiéis elogiaram o evento.
Moradora de Planaltina há 20 anos, a pedagoga Aparecida Oliveira, 50 anos, contou que assiste a essa Via-Sacra anualmente. Apesar disso, ela garantiu que a cada edição a história narrada tem um sentido particular.
“A cada ano é uma emoção diferente e a parte que mais me toca é a ressurreição de Cristo, porque essa parte nos dá a certeza da vida eterna prometida por ele. Nos mostra que ele venceu a morte e que, com ele, também venceremos”, disse Aparecida.
Na plateia, pessoas de todas as idades e religiões acompanharam juntos cada uma das estações da Via-Sacra. Para o estudante Romário Fernandes, 23 anos, esse foi um “momento único”.
“A Sexta-feira da Paixão, para mim, significa vida. Porque através de Jesus podemos, hoje, estar aqui. Há 10 anos não vinha ao Morro da Capelinha. Aqui é muita emoção”, testemunhou o jovem.
A encenação contou com a participação de secretários de Estado e do bispo auxiliar de Brasília, dom José Aparecido, que abençoou os fiéis antes da apresentação da ressurreição, que era o momento mais aguardado pelos espectadores.
Surgindo sobre o monte em que houve a crucificação, o ator que interpretou Jesus foi içado por um guindaste em uma plataforma, em formato de coração, fato que levou o público ao delírio.
No fim do espetáculo houve uma queima de fogos de aproximadamente 15 minutos. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 1,5 milhão, sendo que parte deste orçamento foi destinado pelo Governo do Distrito Federal.