25/04/2014 às 16:43

Polícia Civil ganha complexo de 1 milhão de m² na região norte do DF

Local abrigará veículos e demais bens apreendidos em operações da PCDF

Por Alline Farias e Fábio Magalhães, da Agência Brasília


. Foto: Dênio Simões / GDF

BRASÍLIA (25/4/14) – Veículos e demais bens apreendidos em operações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ganharam um local adequado, com a entrega, nesta sexta-feira (26), do Complexo Regional Norte. O investimento para a construção do espaço, que tem área total de mais de 1 milhão de m², foi de R$ 7,2 milhões oriundos do Fundo Constitucional.

 

“Ao trazermos os veículos para cá, estamos rompendo com a situação atual de deixá-los apreendidos nas delegacias e, também, pensando no futuro, já que reservamos um espaço amplo para a academia de polícia. Tudo isso foi feito prevendo o crescimento da nossa polícia que tanto nos orgulha”, disse o governador Agnelo Queiroz em visita ao local.

 

No terreno, que foi cedido gratuitamente pela Superintendência de Patrimônio da União do Distrito Federal, 46 mil metros quadrados estão reservados para abrigar até três mil automóveis, entre motocicletas, carros e caminhões.

 

“Com esse espaço pretende-se retirar das delegacias circunscricionais e do pátio do Departamento de Polícia Especializada todos os veículos apreendidos com traficantes ou produtos de crime. Hoje são aproximadamente 2,7 mil veículos nesses locais. Nosso esforço será para concentrar esses automóveis em um lugar e controlar o fluxo de entrada e saída”, observou o diretor geral da Polícia Civil do DF, Jorge Luiz Xavier.

 

Os veículos começam a ser transferidos a partir do mês que vem, a começar pelos carros que têm condições de rodar. “Depois, faremos a transferência dos veículos que precisam de guincho, utilizando transporte da própria polícia, do Detran e, caso necessário, de uma transportadora”, explicou Xavier, ao frisar que pretendem concluir a transferência o quanto antes.

 

O complexo contará, ainda, com três galpões, com 3,7 mil m² de área, para depósito de bens apreendidos, uma vala coberta para vistoria e perícia de veículos, um prédio administrativo e um portal semelhante ao do complexo do Sudoeste.

 

No local, trabalharão agentes que atuam na Divisão de Cadastro de Veículos roubados, bem como vigilantes armados, 24 horas por dia. “À medida que for aumentando a quantidade de veículos, vamos transferindo mais agentes”, explicou o diretor geral da PCDF.

 

Também está prevista para a área a construção de uma cidade cenográfica para treinamento de policiais e, eventualmente, para alguns equipamentos da Academia de Polícia. De acordo com Jorge Xavier, ainda não há previsão de quando essas novidades começam a ser instaladas.

 

FUTURO – A ideia da PCDF, porém, é diminuir a quantidade de carros que vão parar no complexo. “Temos conversado com o Ministério Público do DF e com o Judiciário para adotar a prática da venda antecipada de bens apreendidos para evitar entulhar os pátios com veículos que serão vendidos no futuro. Também estamos com o projeto Higéia (deusa da limpeza na mitologia grega) para vender como sucata esses automóveis e outros objetos já deteriorados que não têm valor econômico”, explicou o diretor da Polícia Civil.

 

(F.M./M.D.*)