09/05/2014 às 21:15

Carcaças de tablets eram vendidas como aparelhos roubados

Operação foi realizada na Rodoviária do Plano Piloto

Por Da Seops


. Foto; Flávio Barbosa/Seops

BRASÍLIA (9/5/14) – Uma fiscalização conjunta da Secretaria da Ordem Pública e Social e da Agência de Fiscalização (Agefis), realizada com o apoio de policiais militares, resultou na apreensão de dois falsos tablets que eram vendidos por dois ambulantes na Rodoviária do Plano Piloto. Os aparelhos eram cópias perfeitas, mas nenhum deles funcionava. O caso ocorreu na tarde dessa quinta-feira (8).

 

Apesar do flagrante, os ambulantes conseguiram fugir. Eles ofereciam os falsos aparelhos por até R$ 500 e davam a entender às eventuais vítimas do golpe que os aparelhos eram produto de roubo. Ambos têm, inclusive, um selo de uma rede de lojas especializada na venda de eletrodomésticos e eletrônicos. Por dentro, no entanto, a surpresa: não há computador. O tablet era apenas a capa.

 

“O caso serve de exemplo para mostrar que o melhor é procurar o comércio legal. No comércio ambulante não há nota fiscal, não há devolução, não há direito para o consumidor”, alertou o subsecretário de Operações da Seops, Luciano Teixeira.

 

Só este ano, a Seops registrou a apreensão de aproximadamente 16 mil mercadorias nas fiscalizações realizadas no terminal. O número supera o que foi computado em todo o ano passado, pouco mais de 14 mil.

 

É a primeira vez, no entanto, que a fiscalização apreende esse tipo de aparelho falsificado. O mais comum é a venda de celulares, que ao invés dos itens eletrônicos vêm com sabão ou até pedaços de compensado no meio para compensar a falta de peso.

 

Desde o ano passado, pelo menos oito casos semelhantes ocorreram durante as fiscalizações no terminal. No período, 36 pessoas foram conduzidas à delegacia por esse tipo de atividade, por envolvimento com pirataria ou por desacato. Dessas, 23 acabaram autuadas em flagrante.

 

A Seops recomenda nunca comprar produtos no comércio ilegal. Quem for abordado por esse tipo de vendedor deve procurar a polícia. Aqueles que caíram no golpe podem ajudar com o registro da ocorrência, com informações sobre as características dos ambulantes e o local onde o crime ocorreu. Denúncias podem ser enviadas pelos telefones 162, 190 (Polícia Militar) ou 197 (Polícia Civil).

 

CONJUNTO DE AÇÕES- As ações contra a venda irregular de mercadorias fazem parte de um conjunto de atividades desenvolvidas na Rodoviária do Plano Piloto, desde agosto do ano passado, com o objetivo de revitalizar o terminal. Para isso o Governo do Distrito Federal criou por decreto o Comitê de Gestão Integrada da Rodoviária, grupo que reúne 14 órgãos, sob a coordenação da Casa Civil.

 

As ações são planejadas com o objetivo de manter a ordem pública, a segurança, a qualidade nas instalações públicas e o atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade.

 

À Seops e à Agefis cabe a fiscalização para coibir a pirataria e o comércio ilegal. Atualmente, a Secretaria mantém 22 servidores na ocupação diária do terminal e regiões próximas, em dois turnos, para impedir a atividade dos ambulantes não autorizados.

 

(J.S*)