Benfeitorias na área rural contribuem para bons números na agricultura

BRASÍLIA (12/5/14) – O agronegócio no Distrito Federal tem apresentado bons resultados. Apesar de ter uma pequena área para plantio, a produtividade figura entre as melhores do país. A capital tem o quinto maior Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do Brasil.

Para chegar a números tão positivos, são feitos investimentos em diversas frentes. Além de pesquisa e alta tecnologia, benfeitorias levadas para as regiões rurais e aos produtores pelo GDF também fazem a diferença.

“Todas as benfeitorias trazem benefícios para todo o DF, pois a população do campo, ao ter condições, permanecerá na área rural. Isso significa menos grilagem de terra, mais qualidade de vida, tanto no campo quanto na cidade, e mais segurança alimentar, pois teremos alimentos produzidos localmente e de forma adequada”, destacou o secretário de Agricultura (Seagri), Lúcio Valadão.

O secretário cita diversas políticas públicas colocadas em prática pela atual gestão. Muitas delas beneficiam o pequeno produtor, como os empréstimos de conjuntos de mecanização agrícola a associações e cooperativas da agricultura familiar, por meio de chamadas públicas. “Isso está permitindo ao pequeno agricultor plantar no tempo certo, produzir com mais dignidade e eficiência”, completou Valadão.

Outros exemplos citados por ele são o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) e o Fundo de Aval. “Elas já existiam, mas não atendiam adequadamente os produtores rurais. Para reverter isso, modificamos as legislações dos fundos. Agora o FDR tem duas modalidades, a Social e a Crédito”, afirmou.

Valadão explica que, na modalidade Social, a população, com o poder público, orienta a aplicação de recursos para a melhoria da infraestrutura na área rural; já na modalidade Crédito é feito o empréstimo com juros menores e mais prazo e carência. O Fundo de Aval permite que o GDF, por meio da Seagri, se torne avalista do agricultor que quer tomar crédito em instituições financeiras.

“Para se ter uma ideia, em 2010 o FDR disponibilizou pouco mais de R$ 500 mil em créditos. Já em 2013, conseguimos disponibilizar mais de R$ 5 milhões e mais de R$ 4,5 milhões foram destinados para investimento em infraestrutura. Com o Fundo de Aval conseguimos garantir a tomada de crédito de mais de R$ 3 milhões”, destacou o secretário.

PAPA-DF – As compras institucionais também são bons exemplos. O governador Agnelo Queiroz criou o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), que permite aos agricultores familiares venderem seus produtos, por meio de chamada pública, aos órgãos de governo.

“Além do Papa-DF, temos o Programa de Aquisição de Alimentos, que compra produtos da agricultura familiar para abastecer entidades socioassistenciais, como creches e asilos; e temos o Programa Nacional de Alimentação Escolar, coordenado pela Secretaria de Educação, que tem o nosso apoio”, observou Valadão.

INFRAESTRUTURA – Outra preocupação do GDF é com a infraestrutura nas áreas rurais. Diversas rotas de escoamento de produção, onde também estão escolas onde estudam muitos filhos de produtores, foram recuperadas para sempre estarem transitáveis.

As duas últimas regiões beneficiadas foram Paranoá e Planaltina. No mês passado, tiveram início a pavimentação asfáltica e as obras de drenagem de águas pluviais em 6,5km de via, que liga o Núcleo Rural Sobradinho dos Melos, no Paranoá, à DF-250. Tudo deve ficar pronto em 180 dias. No lançamento das obras, foram anunciadas, ainda, outras melhorias, como a instalação de iluminação pública e no sistema de transporte público.

Já em Planaltina, os produtores rurais foram beneficiados com a pavimentação de 14 quilômetros da rodovia DF-355, que liga os núcleos rurais Tabatinga e Rio Preto, além de uma ponte de concreto que substitui uma estrutura provisória sobre o córrego Ribeirão Jardim. As melhorias somam R$ 14,1 milhões em investimentos.

(A.F./C.C*)