16/05/2014 às 18:17

Palavra ‘Paralímpicos’ passa a fazer parte do nome oficial dos centros olímpicos do DF

Mudança destaca importância do esporte voltado para pessoas com deficiência

Por Beatriz Ferrari, da Agência Brasília


. Foto: Dênio Simões / GDF

BRASÍLIA (16/5/14) – Centros Olímpicos e Paralímpicos. É assim que passam a ser chamados os locais construídos exclusivamente para a prática de esportes na capital do país. A ação foi marcada por uma cerimônia no espaço de Samambaia e contou com a presença do governador Agnelo Queiroz.

 

“O esporte paralímpico é pouco reconhecido. Dar o nome a um espaço físico dá mais visibilidade”, destacou Leomon Moreno da Silva, deficiente visual medalhista de golbol, ou goalball, na competição de Londres, em 2012.

 

O Distrito Federal possui 11 unidades do tipo em funcionamento: Brazlândia, Estrutural, Gama, Riacho Fundo I, Recanto das Emas, Ceilândia (Parque da Vaquejada e Setor O), Samambaia, Santa Maria, São Sebastião e Sobradinho.

 

“A mudança do nome é para destacar a importância do esporte paralímpico, para que pessoas com deficiência tenham acesso em condições de igualdade”, destacou o chefe do Executivo local, ao lembrar que 25% das vagas já são destinadas para o paradesporto.

 

Dirigido pela Secretaria de Esporte, os centros têm o propósito de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da comunidade atendida. Por meio de atividades recreativas, esportivas e de lazer, são repassados valores como cooperação, solidariedade, pensamento crítico e autoestima. São atendidas crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiências.

 

Para o secretário do esporte, Célio Renné, “a mudança de nome é um registro de mudança de políticas públicas para o esporte paralímpico”.

 

A cerimônia contou com a presença dos 85 atletas contemplados pela Bolsa Paralímpica que, na ocasião, receberam certificados das mãos do governador. O auxílio financeiro foi instituído em dezembro do ano passado. Em 2014, serão investidos R$ 981 mil só com os esportistas paralímpicos. Os valores dos benefícios variam de R$ 320,00 a R$ 1,4 mil mensais e têm a duração de 12 meses a partir da assinatura do contrato.

 

“Com o dinheiro da bolsa, eu posso investir no esporte com compra de materiais, viagens, taxas de inscrição etc. Assim, posso me dedicar integralmente ao esporte”, afirmou o bolsista Flávio Santos, praticante de tênis sobre cadeira de rodas e presidente da Associação dos Atletas Cadeirantes.

 

SEMANA – Participaram da Semana Paralímpica 2 mil alunos com e sem deficiência de quatro dos 11 centros: Ceilândia (Parque da Vaquejada), Riacho Fundo I, Samambaia e São Sebastião. Os participantes foram divididos em grupos – cada um deles tinha que contar com ao menos um integrante com deficiência ou que simulasse algum tipo de limitação.

 

A Semana Paralímpica teve atividades como gincana, corrida de orientação, adaptação de modalidades esportivas (basquete em cadeira de rodas, bocha adaptada, parabadminton e vôlei sentado) e curso de criatividade e modelagem de argila. Os alunos também receberam noções de como ajudar uma pessoa com deficiência visual em situações corriqueiras do dia a dia.

 

(B.F/J.S*)