18/05/2014 às 15:22

Último jogo no Mané antes da Copa do Mundo sela marca histórica

Final do Candangão no Mané Garrincha seguiu, com sucesso, protocolos que serão usados na Copa do Mundo da FIFA. Em um ano, já são 800 mil espectadores

Por Da ComCopa


. Foto: André Borges/ComCopa

 BRASÍLIA (18/5/14) – Cerca de 30 mil pessoas – segundo dados da Polícia Militar – acompanharam, no Mané Garrincha, o último jogo na arena brasiliense antes da Copa do Mundo da FIFA™. Na véspera do aniversário de um ano, o estádio recebeu a final do Campeonato Candango de 2014, disputada entre Luziânia e Brasília FC, e superou a marca histórica de 800 mil espectadores.

 

Durante a partida, o Comitê Organizador Local (COL) testou áreas estratégicas para os jogos do Mundial. Para o diretor-executivo da entidade, Ricardo Trade, toda a operação foi um sucesso. “Para quem dizia que Brasília está fadada a não ter futebol, está aqui a prova do contrário. A partida fluiu bem desde a entrada dos torcedores. Hoje testamos a utilização dos stewards e a área de atendimento médico. E, claro, ficamos muito satisfeitos”, destacou.

 

A atuação dos seguranças particulares (stewards) e o funcionamento dos postos médicos seguiram o mesmo protocolo que será adotado no maior evento esportivo do mundo. Pela manhã, homens e cães das polícias Militar e Federal fizeram uma vistoria antibombas na arena, também semelhante à que será adotada nos dias de jogos da Copa.

 

Trade elogiou, ainda, a movimentação dos eventos e a qualidade do campo da arena. “O gramado está totalmente enraizado, houve um ótimo tratamento durante todo esse período, e o resultado é esse: o campo está perfeito. Brasília é a cidade que mais aproveitou o estádio como ponto focal da cidade”, afirmou, ao elogiar a preparação da capital para a Copa. “Nós achamos que Brasília vai dar um show”, finalizou.

 

Sucesso total – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, celebrou o recorde. “Muitos não acreditavam nesse estádio. Em um ano, já são 800 mil pessoas. Sucesso total. Isso mostra que nosso futebol local está crescendo e que a população do DF está interessada nesse crescimento”, declarou, ao fim da partida.

 

Dentro de campo, o time de Luziânia levou a melhor. Embora tenha perdido por 1 x 0, conquistou, pela primeira vez, o título do Candangão, graças à vantagem que abriu no primeiro jogo. Torcedores do azul e branco vieram da cidade goiana para prestigiar o título.

 

“É emocionante entrar no estádio e ver que as pessoas estão apoiando o seu time do coração”, comentou o vigilante Fernando Souza, 47 anos, sob os gritos de “é campeão” das arquibancadas.

 

Combate ao racismo – O combate ao racismo também entrou em campo neste sábado (17). A Secretaria da Igualdade Racial aproveitou a oportunidade para lançar a campanha “DF por uma Copa sem Racismo” e evitar que os episódios recentes de preconceito nos gramados se repitam durante o Mundial.

 

No intervalo da partida, uma faixa foi estendida no centro do gramado por representantes de comunidades indígenas, ciganas e povos de terreiro. “Teremos cinco pontos de observação e mais de 40 pessoas em ação simultânea. Vamos orientar o público, punir agressores e acolher eventuais vítimas de preconceito”, explicou o secretário de Igualdade Racial do DF, Veridiano Custódio.

 

Time da Paz – Já o programa “Arma não é brinquedo”, promovido pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, trouxe alunos de Ceilândia, mais uma vez, para o centro da arena com uma mensagem pelo desarmamento infantil com o Time da Paz.

 

“A gente quer mostrar que livros são melhores que esses brinquedos, arminhas, que estimulam a violência”, explicou Fabrício Rodrigues, 11 anos, aluno do CEF 24. O coordenador do programa, Arlan Freires, contou que o projeto já recolheu mais de 700 armas de brinquedo. O DF é pioneiro no País, sendo a primeira unidade da Federação a proibir a venda de armas de brinquedo, com uma lei sancionada pelo governador Agnelo Queiroz em 2013.

 

(M.D.*)