Marfinenses apostam na vitória de algum time africano na Copa do Mundo

BRASÍLIA (06/06/14) – Ir ao estádio, reunir os amigos na embaixada ou até mesmo ficar em casa com a família. Para os marfinenses que moram em Brasília não importa o local em que vão assistir ao jogo da seleção de seu país – que enfrenta a Colômbia no Mané Garrincha no dia 19 de junho – a única questão que interessa é alcançar a vitória.

Essa é a visão de dois irmãos nascidos na Costa do Marfim, que moram na capital do Brasil há quase duas décadas. O assistente administrativo Tape Huberson Vinceni de Paul, 38, e o maitre Tape Guy Henri Jacques, 40, afirmam sem hesitar que torcerão sempre que a seleção brasileira entrar em campo, ao menos que o rival seja algum país africano.

“Normalmente quando a Costa do Marfim joga, a embaixada abre suas portas e faz o convite. Então seria a primeira opção e a outra é ficar em casa e ver o jogo. Minha esposa vai dividir a torcida porque ela brasileira e meus filhos, como ainda têm apenas 2 anos e 5 meses de idade, não sabem nem o que está acontecendo”, disse Vinceni aos risos.

Seu irmão Jacques declarou sem hesitar seu amor ao futebol, que já passou para a próxima geração. “Meu time é o flamengo e minha filha é flamenguista com 4 anos de idade. Estou tentando conseguir ingressos para ir ao estádio, mas eu como marfinês, devo assistir ao jogo embaixada como fiz na Copa das Confederações, onde fui voluntário da FIFA”, informou.

Como trabalha em um restaurante da Asa Sul, Jacques já sente os impactos dessa grande festa desportiva. “Já estamos sentindo uma clientela interessante de estrangeiros e acreditamos que seja efeito da Copa do Mundo. Nossa ideia é montar um prato para receber os torcedores dos países que jogarão aqui”, disse o maitre.

A embaixada da Costa do Marfim em Brasília confirmou que, como na Copa das Confederações, ela abrirá suas portas aos conterrâneos que moram em Brasília para assistir a todos os jogos.

(K.I/C.L)