09/06/2014 às 18:58

Crianças da Candangolândia e Riacho Fundo II livres da hanseníase

Dos 600 estudantes de Ensino Fundamental dessas cidades examinados em campanha, nenhum deles tem a doença

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. Foto: Divulgação

 BRASÍLIA (9/6/14) – Nenhum caso de hanseníase foi confirmado nas cerca de 600 crianças entre 9 e 14 anos das escolas de Ensino Fundamental Júlia Kubitschek, na Candangolândia, e Caub I, no Riacho Fundo II, que foram examinadas dentro da campanha de combate à doença promovida pela Secretaria de Saúde.

 

A ação, coordenada pelo médico dermatologista Eugênio Reis, diretor de assistência da Coordenação Geral de Saúde da Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Park Way, teve início no dia 26 de maio e rastreou crianças portadoras da geohelmintiase (que causa o chamado bicho de pé, lombriga, entre outras).

 

Inicialmente os profissionais de saúde conversaram com os pais e professores, explicaram a importância da campanha e pediram a colaboração dos alunos para o preenchimento de um questionário.

 

Com base nas respostas obtidas, foram selecionadas seis crianças na Candangolândia e 19 no Caub I que apresentaram manchas suspeitas. Dessas, 20 atenderam ao chamado da Coordenação e foram examinadas pelo dermatologista, sendo que nenhuma teve confirmação do diagnóstico.

 

Para o diretor Eugênio, “a campanha é uma ótima oportunidade para detectar novos casos, pois as crianças são desprovidas de preconceitos que muitas vezes podem atrapalhar o diagnóstico da hanseníase. Uma doença que ainda é cercada de tabu” avaliou.

 

Eugênio também considerou excelente a oportunidade para as equipes do programa “Saúde da Família” e do centro de saúde receberem as informações necessárias para saber como agir em casos de lesões ou sintomas que podem ser considerados suspeitos de hanseníase.

 

CAPACITAÇÃO – Os profissionais de saúde desses locais tiveram também oportunidade de receber orientação do especialista e participar de uma aula expositiva sobre sintomas, como fazer o diagnóstico e discussão de casos clínicos.

 

Os atendimentos foram realizados em conjunto para que a experiência fizesse parte da capacitação dos profissionais. Na regional Núcleo Bandeirante, o ambulatório de referência funciona todos os dias pela manhã, no CS nº 2, localizado na 3ª Avenida.

 

Os pacientes podem procurar orientação nos centros de saúde ou nas equipes do “Saúde da Família”, e os casos suspeitos são encaminhados para o ambulatório referência.

 

Ainda segundo Eugênio Reis, “a campanha foi muito positiva porque alertou para que os servidores tenham uma maior atenção com quadros que podem sinalizar a hanseníase”, ressaltou.

 

(C.C.*)