BRASÍLIA (10/6/14) – Análise criminal feita pela Secretaria de Segurança Pública aponta que o número de estupros cometidos no DF apresentou redução de 13,8% em maio, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados 75 casos contra 87.
“Tanto essa redução de 13,8% nos casos de estupro registrada no último mês quanto aquela de 7,6% registrada em janeiro, traduzem os bons resultados alcançados por meio da integração entre as forças de segurança, bem como a fundamental participação da população, pois nesse tipo de crime, as forças de segurança só podem atuar por meio da denúncia ou registro da ocorrência”, explicou o chefe da pasta, coronel Paulo Roberto Batista de Oliveira.
Em 28% dos casos de estupro, a ocorrência policial foi registrada no mesmo dia do fato, o que corresponde a 21 casos. Nos demais, a vítima registrou o crime com mais de 24 horas após o fato, o que dificulta a atuação policial e consequente prisão do acusado.
Entre as regiões administrativas, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Brasília e Sobradinho foram as que registraram maior número de ocorrências (44), totalizando 58,7% dos casos praticados no DF.
De acordo com o estudo, Ceilândia é a cidade com maior número absoluto de estupro e estupro de vulnerável (praticado contra menor de 14 anos, ou alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem discernimento para a prática do ato sexual), com 18,7% das ocorrências.
Com base nos relatos das ocorrências, em 77,5% dos estupros e estupros de vulneráveis (62 casos), os autores têm algum tipo de vínculo com as vítimas. Em 22,5% dos casos não existe ligação entre autor e vítima (18 casos). As ocorrências de estupro de vulnerável somam 58,8% dos casos e outras 41,3% de estupro.
De acordo com a Lei Maria da Penha, criada para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, todo ato libidinoso passou a ser considerado estupro. Por isso, em 46,3% dos registros (37 casos) não houve conjunção carnal. Nos demais casos, 53,8% (43 casos) houve tal prática – totalizando 80 ocorrências.
Dos estupros ocorridos, 58,8% foram de vulneráveis, o que corresponde a 44 casos. Em 76,3% desses casos a vítima tem até 17 anos de idade (57 vítimas), sendo que na faixa dos 9 aos 13 anos (22 vítimas) situam-se 30 dos casos.
“Analisando o perfil das vítimas, temos condições de elaborar melhor as ações de combate e prevenção desse delito e ainda alertar a população como um todo para a problemática”, enfatizou o secretário.
Ainda de acordo com a análise, a quinta-feira foi o dia da semana de maior incidência desse tipo de crime, contendo 18,7 % dos casos (14) e o período da manhã, entre 6h e 11h59, continua concentrando a maior frequência de casos (33,3), ou 25 ocorrências.
C.C.
links úteis
