Torcedores percorreram mais de 6 mil km de ônibus, a pé e de motocicleta para chegar à capital federal
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12/06/2014 às 16:27, atualizado em 12/05/2016 às 18:15
Torcedores percorreram mais de 6 mil km de ônibus, a pé e de motocicleta para chegar à capital federal
BRASÍLIA (12/6/14) – O amor ao futebol e o espírito aventureiro trouxeram ao Distrito Federal ilustres visitantes da América do Sul. De mochilas nas costas e ingressos nas mãos, quatro equatorianos percorreram mais de 6 mil km, de Quito a Brasília, para realizar o sonho de assistir no Brasil aos jogos da seleção tricolor – ou “La Tri”, como carinhosamente chamam o time do Equador.
A história desses torcedores de comum não tem nada. Eles vieram de ônibus, percorreram trechos a pé em rodovias brasileiras, foram transportados em motocicleta e táxi, sempre com a vontade de chegar à capital brasileira para apreciar, no domingo (15), a partida entre Suíça e Equador no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Um deles, o publicitário Allen Vallejo, 28 anos, saiu da capital equatoriana há 30 dias. Na estrada, apesar do cansaço, percorreu diversas cidades sul-americanas até, nesta semana, se encontrar com os outros três companheiros: o mecânico Ángel Péres, 30 anos, o comerciante Miguel Acosta, 51 anos, e o agricultor Néstor Cabello, 62 anos.
“Eu peguei o ônibus na fronteira com o Peru. Antes, vim mochilando pelo Equador. Me encontrei com eles e viemos desde a fronteira do Acre até aqui. Passamos por Rondônia, Mato Grosso, e em Cuiabá tomamos outro ônibus até chegar a Brasília”, explicou o torcedor.
A viagem, apesar de ser feita de forma inusitada, teve planejamento. O percurso de Allen –o mais comunicativo deles- começou a ser traçado em outubro, e os demais, há cerca de um mês, com exceção do comerciante Miguel, que viajou para o Brasil de última hora e não avisou a família.
Bem-humorado, o torcedor, contou que viaja frequentemente e por isso os dois filhos e a esposa ainda não sentiram sua falta. “Eles vão saber que estou aqui pelo jornal”, brincou Miguel, ao fazer referência a esta reportagem.
BRASIL E SUAS PARTICULARIDADES – Os quatro visitantes ficaram acampados durante dois dias, até ontem (11), no Albergue da Juventude, próximo ao autódromo, e hoje estão na Embaixada do Equador.
Em relação à comunicação e à locomoção na capital brasileira, os equatorianos acharam satisfatórias. A principal diferença, segundo eles, é a comida. Com o arroz, já estão acostumados, mas a carne e a farinha de mandioca foram apontadas como novidades.
Eles ficarão no DF até segunda-feira (16), quando partirão para Curitiba, distante cerca 1,3 mil km, para assistir ao jogo entre Honduras e Equador. Depois, se deslocarão mais 900 km para chegar ao Rio de Janeiro para à partida de sua seleção contra a França, no Maracanã.
Com a mesma opinião, os viajantes, que não largam a bandeira do seu país, disseram que os brasileiros são alegres e destacaram a hospitalidade como principal característica da nação da Seleção Canarinho, considerada uma referência no futebol.
“A Seleção Brasileira é a melhor do mundo, até mesmo melhor que a da Espanha (atual campeã)”, frisou Néstor, antes de ser interrompido pelo colega Ángel, que lembrou a genialidade do futebol brasileiro: “O futebol brasileiro é tão bom que os jogadores daqui estão indo jogar na Espanha”, disse.
A paixão pelo futebol brasileiro vai além da Seleção. Néstor, que jogou profissionalmente no time local LUO-SAN, disse ser fã de Pelé, jogador que viu de perto na década de 1960. Além das celebridades do meio esportivo brasileiro, os quatro equatorianos torcem para times como São Paulo, Flamengo e Corinthians.
FAVORITO – Apesar de torcerem para o time de seu país, os equatorianos já escolheram a Seleção Brasileira como segunda opção caso “La Tri” seja eliminada. A realização da Copa no Brasil, para Allen, é uma forma de integrar todos os povos.
“É a primeira vez que viemos ao Brasil, com exceção do Miguel, que já veio a Manaus. É um país muito bonito, muito grande. O Mundial na América do Sul é uma oportunidade única para colombianos, equatorianos e demais países poderem participar, porque se pode pegar um ônibus e ir. Na Rússia, Catar, não vamos poder ir pela distância e pelo valor”, comparou.
A seleção do Equador, país considerado um dos maiores produtores de banana do mundo, faz, este ano, sua terceira participação em Copas. Para os torcedores aventureiros, a “banana-mecânica”, uma paródia à seleção holandesa, fará bonito em campo.
ALBERGUE – Turistas que chegarem à capital podem se hospedar no Albergue da Juventude, que apresenta opção para camping e quartos coletivos a preços simbólicos. Informações e reservas podem ser feitas pelo telefone 3343-0531 ou pelo site http://brasiliahostel.com.br/.
(F.M./M.D.*)