24/06/2014 às 15:46

Participantes do Brasília Sem Fronteiras planejam melhorar comunidade onde vivem

Curso ensinou conceitos de empreendedorismo, sustentabilidade e serviço social

Por Beatriz Ferrari, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura

 BRASÍLIA (24/6/14) – Poucos dias após o retorno ao Brasil, os participantes do programa de imersão internacional Brasília Sem Fronteiras 2014 -Centros Interescolares de Línguas- estão cheios de planos. Empreendedorismo, sustentabilidade e serviço social são os conceitos mais mencionados pelos intercambistas.

 

“Depois da viagem, a minha mente abriu. Vi que é possível abrir uma empresa. Agora eu tenho vontade de abrir um negócio próprio. Antes, eu só pensava em prestar concurso público”, explicou Israel Moreira, de 19 anos, estudante de redes de computadores no Iesb.

 

Para o aluno do CIL de Ceilândia, o curso na Universidade do Estado do Arizona (EUA) foi particularmente benéfico. Nesta edição do programa, os participantes visitaram diversas empresas de tecnologia no Vale do Silício – incluindo as sedes do Google e da Adobe Systems -, algo diretamente relacionado com sua área de atuação.

 

Durante a visita, eles puderam ver como funciona a sede de uma das empresas mais importantes no mercado de ferramentas de trabalho e softwares, sem deixar de se preocupar com o meio ambiente e a qualidade de vida dos funcionários.

 

“Com os estudos, aprendi a escolher os parceiros certos, organizar os detalhes técnicos, como lidar com um grupo e tomar decisão”, disse.

 

Para a estudante de enfermagem Áquila Priscila dos Santos, de 19 anos, o foco do aprendizado foi o serviço social. “Visitamos uma escola pública para autistas, com apoio do governo e participação da comunidade. Quero pegar essas ideias e desenvolvê-las aqui”, afirmou.

 

Moradora do Itapoã, Áquila disse que pensa em trabalhar para melhorar sua comunidade. “Tínhamos que criar uma empresa por semana. Uma delas era um projeto sustentável para uma comunidade carente do Brasil. Fiquei mais responsável depois disso. Comecei a perceber que posso mudar a condição de vida das pessoas, sobretudo onde vivo”, disse.

 

Para Sofia Lima, de 16 anos, aluna do ensino médio, o curso despertou seu “senso de comunidade”. “Vou ser mais ativa com serviços sociais. Vou começar com coisas simples, como doações de roupa e comida, e depois partir para ações mais complexas”, contou.

 

BRASÍLIA SEM FRONTEIRAS – Integralmente custeado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), o Brasília Sem Fronteiras oferece educação, imersão e capacitação internacionais em centros de excelência no mundo. O programa visa a contribuir para a formação de líderes e a geração de conhecimento capazes de impulsionar a competitividade, a geração de oportunidades, a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade de vida no Distrito Federal e no Brasil.

 

Para 2014, o programa foi ampliado. Com investimento de R$ 30 milhões, a nova edição oferecerá 950 vagas, com uma nova categoria: universitários. Novos destinos também foram acrescentados: França, Espanha e Nova Zelândia, além de Estados Unidos, Holanda e Áustria.

 

A primeira edição do programa ocorreu no final de 2013 e durou quatro semanas. Os 126 estudantes foram para os EUA e os servidores, para Holanda e Áustria.

 

(B.F./M.D*)