Interessados devem acompanhar devoluções no site da FIFA; compra de entradas com cambistas é ilegal, e tíquetes podem ser rejeitados no acesso à arena
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26/06/2014 às 12:15, atualizado em 12/05/2016 às 18:15
Interessados devem acompanhar devoluções no site da FIFA; compra de entradas com cambistas é ilegal, e tíquetes podem ser rejeitados no acesso à arena
BRASÍLIA (26/6/14) – As oportunidades continuam a surgir para os torcedores que ainda tentam comprar ingresso para os jogos da Copa do Mundo no Mané Garrincha. Com a eliminação precoce de seleções favoritas como Inglaterra, Itália e Espanha, a FIFA indica que parte dos turistas europeus pode optar pela devolução dos tíquetes, que ficam disponíveis novamente no site da entidade.
Quem deseja comprar as entradas devolvidas deve ficar atento ao site FIFA.com/ingressos e às vendas nos Centros de Distribuição montados nas 12 cidades-sede. Em Brasília, a venda física é feita no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, ao lado do Mané Garrincha.
A disponibilidade de assentos é atualizada a cada 5 minutos, e ao longo desta quarta-feira (25), ingressos para as quatro partidas que ainda serão realizadas no Estádio Nacional de Brasília voltaram a constar no sistema, para serem vendidas novamente após alguns instantes.
O site da FIFA e os Centros de Distribuição são os únicos canais oficiais de venda de ingressos. Ao comprar de cambistas, o cidadão assume o risco de adquirir tíquetes falsos ou, ainda, de não conseguir acessar o estádio. Isso porque há tíquetes nominais, que só são aceitos mediante apresentação de documento de identidade na entrada.
“A orientação é para que brasilienses e turistas não comprem de cambistas. Seja com ingresso falso ou em nome de outra pessoa, o acesso ao estádio é negado e a pessoa perde dinheiro. A FIFA faz uma verificação visual e eletrônica dos bilhetes”, ressaltou o delegado da Coordenação de Fraudes da Polícia Civil do DF, Jeferson Lisboa.
Além da frustração de ser barrado na porta das arenas, o torcedor enfrenta outra dor de cabeça: um longo trâmite judicial para reparar o prejuízo financeiro. “A vítima precisa levar os ingressos falsos à delegacia e entrar com uma ação na Justiça solicitando a devolução do dinheiro”, explicou o delegado.
PUNIÇÃO – Quem se arrisca a vender ingressos para o Mundial de forma irregular pode responder criminalmente, com base no Estatuto do Torcedor (Lei nº 12.299/2010). De acordo com o artigo 41-F, vender ingressos de evento esportivo por preço superior ao estampado no bilhete é crime, com pena de um a dois anos em regime fechado e multa.
A lei também pune, no artigo 41-G, a pessoa que fornecer, desviar ou facilitar a distribuição desses ingressos, com penas maiores: dois a quatro anos de prisão e multa. A pena pode aumentar, ainda, caso o agente seja servidor público, dirigente ou funcionário da entidade responsável pelo campeonato.
Segundo o Departamento de Defesa dos Direitos do Torcedor, do Ministério do Esporte, o comprador não pode ser enquadrado no crime de cambismo com base no Estatuto. No entanto, durante a investigação policial, pode ser acusado de outros crimes, como falsidade ideológica (se passar pelo portador original do ingresso), estelionato (falsificar documentos para comprovar compra ou identidade), roubo ou receptação (caso seja provado que o ingresso foi roubado ou furtado de outro comprador).
Para reprimir esse tipo de crime, profissionais de Segurança, fardados e não identificados, atuam nos arredores do estádio e outros locais estratégicos.
(J.S*)