01/07/2014 às 14:29

Tratamento de câncer de pele com terapia fotodinâmica é oferecido no Hran

Mais de 260 lesões superficiais foram curadas em mais de 100 pacientes na unidade

Por Da Redação, com informações da Secretaria de Saúde


. Foto: Divulgação

 BRASÍLIA (1/7/14) – Pacientes com câncer de pele podem receber tratamento com Terapia Fotodinâmica (FTD) oferecido no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A técnica se baseia na presença de uma substância sensível à luminosidade, oxigênio e luz. A reação fotoquímica causa a liberação de radicais livres – altamente tóxicos para a célula – que destroem o tumor.

 

“A área lesionada é limpa para a aplicação do produto. Depois, recobrimos com um curativo oclusivo durante três horas para evitar contato com a luz. Logo que o curativo for retirado, a lesão ficará exposta à luz vermelha de sete a 20 minutos”, explicou a dermatologista do Hran, Simone Karst.

 

Segundo ela, a unidade de saúde é a única da rede pública que realiza a TFD em Brasília e funciona vinculada à pesquisa, sempre submetida à aprovação do Comitê de Ética. O projeto começou a ser aplicado na unidade há oito anos, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e Universidade de São Paulo (USP).

 

As lesões mais comuns indicadas para o tratamento são os cânceres superficiais, como Doença de Bowen ou Carcinoma Epidermóide In Situ (câncer inicial), no Carcinoma Basocelular Superficial e, em alguns casos, Carcinoma Basocelular Nodular (lesão mais profunda).

 

São realizados dois tratamentos por dia de atendimento, com saldos de 100 pacientes tratados e mais de 260 lesões medicadas. “Temos obtido taxas de cura que variam de 82% a 100% de acordo com a patologia”, acrescentou a dermatologista.

 

Dezimar Rodrigues dos Santos tem a pele muito clara e faz o tratamento preventivo desde o início do projeto. “Faço Terapia Fotodinâmica há oito anos e desta vez realizaram com um procedimento a laser no antebraço e mãos”, afirmou.

 

“A técnica também é utilizada no tratamento de pacientes com numerosas lesões tumorais, como ocorre em pacientes transplantados, por exemplo. As lesões consideradas pré-cancerígenas, como ceratoses actínicas, também são indicadas. Elas costumam ser numerosas, comprometendo muitas vezes toda a face e antebraços”, finalizou a dermatologista.

 

Para participar do projeto, os pacientes com indicativo de lesão deverão ser encaminhados para o ambulatório de tumores para avaliação. Eles serão submetidos à biópsia para confirmar a hipótese clínica e a avaliação da necessidade da TFD. Uma vez indicado, o tratamento do paciente será agendado.

 

(A.S/J.S*)