10/07/2014 às 20:17, atualizado em 12/05/2016 às 18:15

Cama e Café alcançou mais de 300 reservas na Copa do Mundo

Programa de hospedagem da Secretaria de Turismo continuará mesmo após mundial de futebol

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Fotos: pedro Ventura e Mary Leal / arquivo

BRASÍLIA (10/7/14) – O primeiro relatório divulgado neste mês do programa Cama e Café, que ofereceu mais uma alternativa de hospedagem aos turistas que vieram para a Copa do Mundo, revela números animadores. Sob a coordenação da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB-DF), em parceria com a Secretaria de Estado de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), a iniciativa atraiu 343 reservas até agora.

 

“A primeira avaliação, que leva em consideração as hospedagens feitas do início da Copa do Mundo (12 de junho) até esta semana, é extremamente positiva mesmo sendo um programa muito novo no Brasil e com pouca divulgação no exterior”, destacou o coordenador da iniciativa, Newton Garcia.

 

O site foi visualizado por mais de 30 mil usuários e a perspectiva é que esse número continue a subir. “Temos reserva, inclusive, para depois da Copa do Mundo. Se trata de uma iniciativa que começou em dezembro do ano passado e não tem data para chegar ao fim”, completou.

 

Com uma proposta inovadora baseada em oferecer a opção do conforto aliado ao custo acessível para quem chega ao Planalto Central, o Cama e Café proporcionou ao turista a possibilidade de vivência real da rotina dos moradores da cidade e da hospitalidade característica dos brasilienses.

 

“A grande inspiração foi pensando em melhorar nosso receptivo para o turismo. Muitos já hospedam familiares, amigos e até desconhecidos em suas casas independentemente de qualquer programa. Faz parte da nossa cultura e filosofia de recepção”, explicou Garcia.

 

Entre as experiências exitosas que o programa pesquisou está a de Johanesburgo, na África do Sul, palco da Copa do Mundo de 2010; e Barcelona, na Espanha, sede dos Jogos Olímpicos de 1992.

 

De acordo com os dados desse levantamento preliminar, o Cama e Café concretizou 134 diárias, sendo que 52% delas foram para turistas brasileiros e 48% para estrangeiros. A pesquisa revelou ainda que 34% do total de visitantes de fora do Brasil eram colombianos. Além deles, argentinos, chilenos, equatorianos, irlandeses, mexicanos e peruanos formam o principal público atendido até o momento.

 

O relatório destacou, também, que foram 749 residências cadastradas. Desse total, tirando o número das que não passaram na avaliação e daquelas as quais os donos dos imóveis já se desligaram do programa, 151 casas ainda estão disponíveis e outras 200 precisam de uma avaliação técnica feita por um consultor, onde ele vai analisar se o local preenche uma série de pré-requisitos para participar do Cama e Café. Outro dado relevante diz respeito ao tempo máximo de permanência, que chegou a 26 diárias, apesar de a média ser de duas diárias e o valor médio, por dia, R$ 200.

 

O empresário Adair Santana foi um dos que abriu as portas de sua casa para os turistas. Ele recebeu colombianos e equatorianos em seu apartamento no Cruzeiro. Apesar da dificuldade inicial com o idioma, Adair se mostrou favorável ao programa e pretende seguir disponibilizando sua residência. “Já têm uns australianos em contato comigo em busca de outras datas”, contou, ao revelar que, fora as taxas de limpeza, recebeu R$ 6 mil por 10 dias.

 

Ainda são esperadas reservas até sábado, quando acontece o último jogo do Mundial em Brasília, na disputa do terceiro e quarto lugares. Porém, como garantiu o próprio coordenador do programa, a iniciativa segue após o apito final do árbitro.

 

“Têm outros mercados interessantes para o turismo e nós vamos apostar neles. Brasília é a cidade dos concursos públicos e muitos concurseiros e vestibulandos vêm aqui para fazer suas provas. Não vejo, para eles, uma ideia melhor do que o Cama e Café”, concluiu Newton Garcia.

 

(A.A/J.S*)