Apesar de ter sido um duro golpe, derrota motiva brasiliense para a Copa da Rússia

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12/07/2014 às 23:22, atualizado em 12/05/2016 às 18:15

Cabeça erguida e foco em 2018

Apesar de ter sido um duro golpe, derrota motiva brasiliense para a Copa da Rússia

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto:Mary Leal

BRASÍLIA (12/7/14) – A festa foi linda durante todos os 31 dias de Copa do Mundo. O povo brasileiro, e principalmente o brasiliense, mostrou que sabe torcer com toda a emoção, mas faltou futebol dentro de campo. A derrota deste sábado, por 3 x 0, para a Holanda foi dolorosa, porém serviu para mostrar a capacidade de superação de nossa torcida.


Apesar de mais uma queda, o quarto lugar serviu para mostrar que o torcedor brasiliense não se abate com as derrotas, mas, sim, busca nela forças para vencer. “Tem que sair com a cabeça erguida. Agora é se preparar para a Rússia. São quatro anos para nós aprendermos o idioma e a Seleção Brasileira ir melhorando o futebol”, disse o servidor público, Vladimir Aras, de 43 anos, programando desde já a ida para o Mundial de 2018.

 

Quem não gostou nada do que viu foi o pequeno Davi Vawouth, 7. “Eu queria ver o Brasil campeão. Estou chateado”, disparou e completou dizendo que ainda não vai ser em 2018 que o título virá. “Só quando eu estiver na Seleção nós seremos hexa”, garantiu ao projetar ser convocado para a competição em 2026, ainda sem local definido pela Fifa.

 

Já o argentino Gustavo Alberto, 30 anos, viu a partida sem se importar com o resultado. Ele só queria aproveitar a festa e está na expectativa de uma vitória de sua seleção neste domingo diante da Alemanha. O empresário era só elogios elogios à capital federal. “O jogo aqui foi bastante organizado. A cidade é muito moderna e bonita. Foi muito bom vir aqui”, destacou.

 

Já os carrascos deste sábado, apesar de alaranjados de felicidade com o terceiro lugar, não demonstraram muita empolgação para o Mundial da Rússia. “Até lá, muita coisa vai acontecer. Vamos ter de torcer para continuarmos com um time competitivo, mas vai ser difícil, pois muitos de nossos jogadores estão velhos”, ponderou o executivo de multinacional Jos Korstiar, 40.

 

RUSSOS ELOGIAM FESTA – Anfitriã da próxima Copa do Mundo, a Rússia teme não conseguir reproduzir a festa que acontece no Brasil. Para o ministro do Esporte e presidente do Comitê Organizador Local (COL) russo para o próximo mundial, Vitaly Mutko, será difícil promover um evento tão brilhante. “Reconhecemos que os organizadores da Copa atual conseguiram um nível de futebol muito alto, uma atmosfera única, é algo incrível. É uma grande festa do futebol e vamos fazer tudo para organizar na Rússia algo comparável ao que vimos no Brasil”, disse Mutko.

 

De acordo com o presidente russo, Vladimir Putin, representantes de ministérios e organizações russas estão no Brasil para uma troca de experiência com os organizadores do Mundial brasileiro. “Em geral, tenho certeza de que a Copa do Mundo no Brasil será uma página notável na história do futebol. Faremos tudo para que em 2018 o mundo fique feliz com uma festa de futebol inesquecível e hospitalidade verdadeiramente russa”, disse o presidente em entrevista à agência de notícias da Rússia, Itar-Tas.

 

CASA CHEIA – Durante esses dias de festa, um total de 478.218 pessoas passaram pelo Estádio Mané Garrincha nas sete vezes que a bola rolou no Distrito Federal neste Mundial. O estádio candango fechará o torneio na segunda colocação em número de público, atrás apenas do Maracanã, com 444.451 até a vitória por 1 x 0 da Alemanha sobre a França. Para a grande final deste domingo, a Fifa vendeu 74.738 ingressos.

 

A arena brasiliense também registrou os maiores públicos da Seleção Brasileira no Mundial disputado em casa. Além dos 68.034 torcedores na partida deste sábado, outros 69.112 lotaram as arquibancadas no jogo com Camarões, em 23 de junho, quando o Brasil se classificou para as oitavas de final.

 

(A.A./I.M.*)