21/07/2014 às 19:32

Pesquisa revela que no DF 33% denunciam práticas racistas

Foram ouvidas 1.017 pessoas; 59% dos entrevistados admitiram que já presenciaram atos racistas

Por Da Redação, com informação da Secretaria de igualdade Racial


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (21/7/14) – Um questionário aplicado no período da Copa do Mundo, que faz parte da campanha DF por uma Copa sem Racismo, mostrou que 33% das pessoas que presenciam ou sofrem racismo no Distrito Federal denunciam. Foram 1.017 questionários preenchidos, por 589 mulheres e 428 homens, entre 16 e 60 anos. Dos entrevistados, 29% se consideram pretos, 45%, pardos, 20%, brancos, 4%, amarelos e 1%, indígenas.

 

A pesquisa abordou indivíduos aleatoriamente em cinco pontos no DF: Aeroporto, Box na Torre de TV, Rodoviária do Plano Piloto, Rodoviária Interestadual e FIFA Fan Fest. Do total, 29% declararam ter conhecimento da existência do Disque Racismo. A análise revela, ainda, que 59% das pessoas já presenciaram um ato racista, e 36% já sofreram racismo.

 

Na pesquisa, 4% se declararam racistas contra 94% que asseguraram que não são racistas, e 2% que omitiram a resposta. Além dos questionários, a campanha ainda incluiu a distribuição de 100 mil folders e faixas, banners e cartazes pelas regiões administrativas.

 

Outra ação que envolveu o público foram as apresentações de Flash Mobs, em que artistas atraíram brasilienses e visitantes, através de situações do cotidiano, para relatar o que é o racismo, as penalidades que sofrem os autores desse crime e a importância de defender a igualdade entre as etnias.

 

A campanha também contou com o apoio de observadores que analisaram situações de práticas de racismo e discriminações raciais.

 

Para o secretário-Interino da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial, José Alves da Silva, “a campanha ‘DF por uma Copa sem Racismo’ foi importante para prevenir e inibir o preconceito racial no período dos eventos esportivos, e estar nos pontos de maior circulação de pessoas conscientizando sobre o racismo resultou que esse crime fosse evitado”.

 

“Agora nosso trabalho continua, as informações mensuradas serão utilizadas como base para o enfrentamento ao racismo e à promoção de políticas públicas em prol da igualdade racial”, destacou.

 

(M.D*)