24/07/2014 às 22:17

Vacina contra a Hepatite A passa a fazer parte do calendário do DF

Secretaria de Saúde do Distrito Federal pretende imunizar cerca de 21 mil crianças na faixa etária de um ano até o final de 2014

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (24/7/14) – Em observância ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, o Distrito Federal ampliou o Calendário Nacional de Vacinação com a introdução da vacina de prevenção à Hepatite A. Desde a última segunda-feira (21), os postos de imunização de todo o DF aplicam o medicamento em crianças a partir de um ano e menores que dois.

 

O objetivo da Secretaria de Saúde do DF é vacinar cerca de 21 mil crianças até o fim do ano. “A ideia é: assim que a mãe chegar com a criança para tomar a Tríplice Viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba) e a Pneumocócica 10 Valente receberá também a vacina contra a Hepatite A”, explicou a gerente de Imunização, Cristina Segatto.

 

Para o Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que ocorram 130 casos novos anuais por 100 mil habitantes. O número de ocorrências confirmadas de Hepatite A em residentes do Distrito Federal foi de 159, em 2012, e 79, em 2013. Neste ano, até o momento, foram confirmadas 32 incidências.

 

“Um dos principais agentes contaminantes é a água sem tratamento. Por isso é importante não apenas ferver antes do consumo mas ter o cuidado de aplicar o hipoclorito de sódio, que é o mais eficaz no combate a esse vírus”, explicou a profissional da Saúde.

 

Quanto à justificativa em priorizar o público entre um ano e menor que dois, a gerente de imunização diz que é a faixa etária mais vulnerável e que quando ela está livre da doença não leva a contaminação para seus familiares.

 

Dados da doença – A hepatite A é habitualmente benigna, pode raramente apresentar uma forma grave (aguda e fulminante), levando à hospitalização e ao óbito (2º a 7% dos casos de IHA). A prevenção dessa doença viral continua a ser a arma mais importante para seu controle, pois não existem medicamentos antivirais específicos para combater a moléstia.

 

A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato interhumano ou por meio de água e alimentos contaminados.

 

Não há nenhum tratamento específico para a hepatite A e a recuperação dos sintomas após a infecção pode ser lenta e demorar várias semanas ou meses. A terapia visa à manutenção de conforto e equilíbrio nutricional adequados, incluindo a reposição de fluidos que são perdidos com vômitos e diarreia.

 

“A introdução da vacina é extremamente importante, pois todas as vezes que se introduz imunizações para crianças temos ganhos na redução imediata na ocorrência de casos. Além disso, reduzimos aquelas que causam outros problemas mais graves e, principalmente, reduzimos a mortalidade infantil”, destacou Cristina Segatto.

 

(A.A./M.D*)