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25/07/2014 às 12:44
Bebês ficarão posicionados junto às mães logo após o nascimento
BRASÍLIA (25/7/14) – O Hospital Regional de Samambaia (HRSam) adotará um novo método com mães e bebês no Centro Obstétrico (CO): o contato “pele a pele”. A prática consiste em posicionar o bebê, imediatamente após o nascimento e ainda ligado pelo cordão umbilical, sobre o ventre da mãe, envolvidos por uma faixa de tecido, o que fortalece o vínculo entre eles, além de proporcionar benefícios à saúde.
Para dar início ao projeto, a equipe do CO participou, na última quarta-feira (23), de uma capacitação que teve como objetivo orientar os profissionais acerca da importância do contato “pele a pele”. Os funcionários aprenderam os benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê e também a abordagem sobre as novas perspectivas no atendimento ao parto e nascimento.
“O objetivo principal do treinamento foi mostrar para a equipe como é feito o contato e a importância que a equipe tem nesse processo”, explicou a chefe da Unidade de Neonatologia do HRSam, Cristiane Aparecida Gomes Biscoli.
“Essa mudança de prática aprimorará o atendimento e proporcionará à mãe maior chance de curtir o seu filho, ou seja, permitirá uma interação entre eles”, destacou o diretor do hospital, Luciano Gomes Almeida.
O treinamento foi conduzido pela coordenadora de Neonatologia da Secretaria de Saúde do DF, Marta Vieira, com o apoio da coordenação técnica de Articulação de Redes Assistenciais da Secretaria de Saúde, Mônica Iassanã, que integra o Grupo Condutor Central da Rede Cegonha da SES/DF.
Método – Assim que o bebê nascer, ainda ligado ao cordão umbilical, ele será mantido junto da mãe, unidos por uma faixa, que o estabilizará no ventre da mãe, mantendo o contato “pele a pele” por até uma hora.
“A faixa, além de aquecer a parte de trás do corpo do bebê, dará segurança, garantindo que ele não caia para os lados. A ideia é que ele fique no aconchego da mãe e sinta seu calor e seu cheiro. Assim, o bebê buscará, por exemplo, o melhor momento para sua primeira mamada, conforme seu próprio instinto”, esclareceu Cristiane Biscoli.
A prática proporcionará muitos benefícios tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, tais como:
– A imediata interação materna com o bebê e vice-versa;
– O recém-nascido não sofrerá uma separação abrupta de sua mãe;
– Equilíbrio da temperatura corporal do bebê;
– Os reflexos para a amamentação despertarão naturalmente, já que ele buscará o seio da mãe por um instinto, no momento dele. Esse período de busca pode durar de 20 a 60 minutos;
– Favorecerá o comportamento emocional tanto da mãe quanto do bebê, aumentando o tempo de aleitamento materno exclusivo;
– O recém-nascido será protegido da flora bacteriana hospitalar e contaminado pela flora materna, o que diminui os índices de infecção hospitalar, entre outros.
(B.F./M.D.*)