09/08/2014 às 11:05

Programa Pé Diabético, do HRT, é referência

Equipe multidisciplinar fez 6,6 mil atendimentos nos primeiros cinco meses de 2014, 364 a mais que no mesmo período do ano passado

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Mariana Raphael

BRASÍLIA (9/8/14) – Referência no cuidado e tratamento das consequências do diabetes no Brasil, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realiza há 18 anos o programa Pé Diabético. Com o objetivo de prevenir e sanar lesões decorrentes da doença, o programa atingiu a marca histórica de 6.601 atendimentos nos cinco primeiros meses deste ano. São 364 atendimentos a mais em relação ao mesmo período de 2013.

 

Esses números dizem respeito à atividade educativa e orientação em grupo, extração de calos e aplicação de curativos no pé diabético.

 

De acordo com a médica responsável pelo programa, Flaviene Alves do Prado, o aumento de demanda é reflexo de dois fatores. “Não tem como deixar de destacar o bom preparo da equipe, mas, por outro lado, existe o envelhecimento da população, o que deixa esse público mais suscetível a doenças como o diabetes”, explicou.

 

Flaviene diz que o Pé Diabético se tornou referência nacional em virtude de o tratamento ser feito de maneira multidisciplinar. “O paciente chega aqui, passa por uma triagem e segue para uma equipe formada por enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem”, destacou.

 

O HRT é uma unidade de atenção terciária que possibilita um conjunto de ações para reduzir a incapacidade e permitir uma rápida e melhor reintegração do indivíduo à sociedade. Por ser de grande porte, essa unidade atende os pacientes de Taguatinga e os encaminhados de Samambaia, Águas Claras, Vicente Pires e Recanto das Emas.

 

Para a enfermeira Maria Aparecida Aires Saigg, há mais de 20 anos no hospital, além do trabalho realizado pelos profissionais de Saúde, a participação do paciente é fundamental. “Estamos aqui, além de outras coisas, para educar e sensibilizar quem vem fazer tratamento conosco. A parte fundamental deste tratamento é o paciente. Dele próprio que vai depender sua reabilitação”, frisou.

 

Diagnosticado diabético há quatro anos, o aposentado Sebastião Cunha, de 85 anos, há seis meses frequenta o programa Pé Diabético. Ele acredita que boa parte da melhora em sua saúde se deve à participação nas atividades do HRT. “Eu tinha muitas feridas e elas me incomodavam bastante. Hoje em dia, a gente cuida junto e eu estou bem melhor”, relatou.

 

(A.A./C.C*)