13/08/2014 às 16:39

Tratamento de hemofilia no DF se equipara ao de países europeus

Hoje 359 pacientes recebem atendimento; em dois anos foram feitas mais de 3,5 mil consultas

Por Johnny Braga, Agência Brasília


. Fotos: Hmenon Oliveira

BRASÍLIA (13/8/2014) – O Ambulatório Multiprofissional de Referência para o Tratamento das Pessoas com Coagulopatias Hereditárias, da Fundação Hemocentro, completa dois anos com muito a comemorar. O trabalho desenvolvido na unidade fez com que o DF se tornasse referência nacional no tratamento de pacientes com hemofilia.
 

O Ministério da Saúde recomenda a dosagem de 3,0 Unidades Internacionais (UI) per capita do fator de coagulação. No Distrito Federal, a oferta de dosagem é superior ao recomendado e chega a 7,22 UI per capita, o que coloca a Unidade da Federação no nível de países europeus.
 

“O Hemocentro foi o primeiro no Brasil a alcançar e ultrapassar a meta nacional. Isso é resultado de um trabalho incansável de uma equipe preparada que conta com o apoio da Secretaria de Saúde e do governo”, afirmou a diretora presidente da Fundação Hemocentro, Beatriz Mac Dowell Soares.
 

O Ambulatório tem atualmente 359 pacientes cadastrados. Desde 2012, foram realizadas mais de 3,5 mil consultas. No mesmo período, foram feitas 1.292 aplicações do medicamento e 215 visitas domiciliares, além de outros procedimentos.
 

O Secretário de Saúde, Elias Miziara, enfatizou o trabalho desenvolvido pelo Hemocentro. “O modelo de gestão aplicado aqui deve ser copiado, pois, se hoje alcançamos esse resultado tão bom, foi graças a esse modelo promissor”, exaltou.
 

A equipe responsável pela Atenção Integral à Saúde dos pacientes conta com 34 profissionais, entre enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos, entre outros.
 

Além do atendimento, o Hemocentro coordena a entrega da medicação na casa de 75 dos 101 pacientes residentes no Distrito Federal.
 

Com apenas dois anos, João Tarcísio vai duas vezes por semana no ambulatório para receber o medicamento por punção venosa. A mãe dele, Daniele Araújo, contou como surgiu a doença e agradece o apoio dos profissionais do hemocentro.
 

“Com um ano de idade, apareceram pequenas manchas no corpo dele. Foram feitos exames e descobrimos que ele tinha a doença. Desde então ele faz o procedimento e tem respondido bem. Aqui somos bem tratados, e os profissionais me passam confiança e segurança”, explicou.
 

HEMOFILIA – A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue que pode provocar hemorragias visíveis (manchas roxas na pele e hematomas), sangramentos nas articulações e até hemorragia cerebral. O tratamento para essa doença requer uso de medicamento que é oferecido pelo Ministério da Saúde. No DF, ele é repassado pela Secretaria de Saúde por meio do Ambulatório Multiprofissional.
 

(J.B/C.L*)