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16/08/2014 às 18:27
Iniciativa da Defensoria Pública do DF existe desde 2012
BRASÍLIA (16/8/14) – Unir famílias é uma das principais missões do projeto Paternidade Responsável da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). Criado em 2012, o programa já realizou mais de 200 atendimentos e acumula belas histórias entre pais e filhos.
Uma delas é a de Welison Queiroz, 30. Morador de Samambaia, ele contou que se separou da mãe de seus filhos um mês após saber da gravidez. Hoje, os gêmeos têm cinco meses. “Eu me separei porque nossa relação já não estava bem. E, na época, ouvi boatos de que eu poderia não ser o pai das crianças”, contou Welison que, apesar da incerteza, custeou parte da gestação da ex-parceira.
Meses antes do nascimento dos gêmeos, ele foi intimado a procurar a Defensoria Pública. A mãe havia procurado o órgão para que ele assumisse a paternidade das crianças. “Lá [na Defensoria], foi aberto um processo de investigação de paternidade. Assim que os gêmeos nascessem, faríamos o teste de DNA para saber se eu realmente era o pai”, contou.
E o teste de DNA revelou o que a mãe já afirmava: Welison era o pai biológico dos gêmeos. “No fórum, me disseram que havia 99,9% de chances de eu ser o pai das crianças”, comentou.
E, passados quase seis meses desde o nascimento, ele revelou: “Antes, eu não tinha nenhuma vontade de manter contato com as crianças. Mas, depois que eles nasceram, a minha concepção mudou. Hoje, eu adoro os meus filhos. Eu os amo de paixão”.
Protagonistas de mais uma conquista, Rosimar Garcia, 53 anos, a filha, e Francisco de Sales, 84 anos, o pai, tiveram o apoio da equipe da DPDF na abertura do exame de DNA.
Rosimar se emocionou ao ver o exame positivo em mãos. “Passei por inúmeros constrangimentos na época da escola. Na hora de falar o nome do pai em algum cadastro também.” Enquanto segurava as lágrimas, relatou um pouco do que passou. Ela contou que cresceu com medo da rejeição, mas agora se sente completa, “foi como se tivesse preenchido um buraco, eu tinha uma cratera no meu coração”, disse.
ESCOLAS – O programa Paternidade Responsável também atua nas escolas públicas do DF. Quando identificada a ausência do registro paterno na documentação do aluno, a mãe é procurada, e o acesso ao programa é oferecido. Só este ano, foram realizados 50 atendimentos em escolas de Brazlândia, Ceilândia, Gama, Recanto das Emas e de Samambaia. Desse total, foram feitos oito reconhecimentos de paternidade voluntária, quando o pai dispensa a realização de teste de DNA.
Se você conhece alguém que não tem o nome do pai na certidão de nascimento, peça para que essa pessoa procure a Defensoria Pública do DF. Em muitos casos a mediação entre as partes acelera o processo, com a solicitação de exames de DNA custeados pela DPDF e a atuação de equipe multidisciplinar do órgão no preparo das famílias.
Defensoria Pública do DF
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(J.P/J.S*)